Fazendo história na Villa Renaux
Desde o início do ano, professores e acadêmicos da Unifebe realizam projetos dentro do casarão histórico de Brusque
Andar pelos corredores, abrir as enormes janelas, acender as luzes dos belos lustres e apreciar os detalhes de cada objeto da Villa Renaux, em breve, será possível sem sair de casa.
Desde o início do ano, acadêmicos e professores do Centro Universitário de Brusque (Unifebe) têm trabalhado intensamente para catalogar objetos, documentos e características históricas e arquitetônicas do casarão mais famoso da cidade que servirão para deixar tudo ao alcance da população.
Construído em 1932 no alto da colina da avenida Primeiro de Maio, o casarão serviu de moradia por muitos anos para o cônsul Carlos Renaux e seus descendentes. Grande parte do desenvolvimento econômico e social da cidade passou por aquelas paredes forradas com tecido, que ainda hoje se mantém fiéis à época em que a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux era uma grande potência do Estado.
Seis projetos, em diferentes áreas do conhecimento, estão sendo desenvolvidos no local e, ao final, os resultados se tornarão um só: o museu virtual.
A curiosidade do brusquense com relação ao casarão sempre foi enorme, porém, em 85 anos, apenas alguns poucos privilegiados tiveram acesso ao local. Como abrir a casa ao público é um processo bastante longo e burocrático, a Unifebe teve a ideia de oportunizar a entrada da população no casarão, mas de uma maneira diferente, pelo computador ou smartphone.
“Estamos fazendo aquilo que é possível fazer neste momento. Temos vontade de abrir a casa para a comunidade, sim, mas é algo que não depende só de nós”, diz a pró-reitora de pós-graduação, pesquisa e extensão da Unifebe, Edineia Pereira da Silva Beta.
Ainda não há uma data para que tudo esteja à disposição dos brusquenses, já que é um trabalho bastante minucioso, que demanda muito tempo e cuidado. O convênio formal entre a instituição e a família Renaux foi assinado no fim do mês de julho e, desde então, o trabalho segue em ritmo acelerado.
“Temos seis alunos que foram contemplados com bolsas do Artigo 170 no início do ano que se dedicam às pesquisas no casarão. O prazo para essa primeira fase é um ano, mas o resultado final, com a junção de tudo vai demandar muito mais tempo”, destaca.