Fé musical: pai e filho tocam e cantam juntos na missa há 13 anos
Participação na igreja tornou pai e filho mais próximos
Na história de José Antônio Grisa, o Tonho, e o filho, Leonardo Borchardt Grisa, a fé é vivida através da música. Eles são católicos e tocam violão na missa há cerca de 13 anos.
A música é um elemento importante na caminhada de fé deles. “Quem canta e toca reza três vezes”, diz Tonho. “Canta, toca e reza”, completa o filho.
Desde criança, Tonho sempre se envolveu com a igreja, pelo exemplo dos pais, e até foi coroinha, mas encontrou na música a sua paixão. Aos 12 anos começou a tocar violão e a partir daí iniciou em grupos de canto da igreja.
Em 1988 participou do Emaús, movimento do qual pertence até hoje. “O Emaús pra mim é apaixonante”, diz Tonho. Ele estava sempre envolvido com alguma coisa na igreja e depois de casado continuou participando junto com a esposa, Beatriz Borchardt Grisa.
Tal pai, tal filho
Pai de três filhos, Leonardo, Amanda e Vinícius, Tonho sempre os incentivou a participarem da igreja. Mas foi Leonardo quem mais seguiu os passos do pai.
Ele despertou interesse em aprender violão aos 11 anos, mesma época em que o pai, e aprendeu sozinho. O filho lembra que não tinha um violão elétrico, então quando tocava, colocava um fio no instrumento para fazer de conta que estava conectado no som.
De lá para cá, pai e filho sempre tocam nas celebrações e ajudam na catequese na comunidade Cristo Rei, da paróquia São Luís Gonzaga. “É tão legal que a gente toca há tanto tempo juntos que a gente olha um pro outro na missa e já sabe o que um quer dizer só pelo olhar”, conta o filho.
Isso proporcionou um vínculo mais forte entre os dois. “O que é legal é que a gente passa mais tempo juntos”, diz Leonardo. Para o pai, é gratificante participar com o filho. “Quando a gente tá junto, dá mais segurança”, comenta Tonho. “Um apoia o outro”, completa Leonardo.
Tonho se sente feliz pela participação de Leonardo. “Pra mim é um orgulho. A gente sabe que isso é importante. Ele tem uma caminhada e isso vai ajudar na fé dele”, ressalta o pai.
A caminhada de fé do pai é motivo de orgulho para o filho, que admira a perseverança de Tonho. “Tudo o que ele já passou nessa vida, se fosse qualquer um não aguentava”, fala emocionado. “Eu passei porque tenho fé e tenho Deus”, complementa o pai.
Tonho passou por problemas de saúde, mas permanece firme e forme. “Com a nossa fé, com o que a gente viveu, é mais fácil transpor os obstáculos”, enfatiza.
O pai ressalta as qualidades do filho. “O que eu admiro nele é a alegria. É difícil tu ver ele mau humorado. E ele tem uma paciência. As vezes me irrita com a paciência dele”, brinca.
Além disso, é parceiro e sempre topa quando o pai convida para tocar na missa, mesmo que seja no domingo de manhã, bem cedinho. “Não é todo filho que vai tocar na missa com o pai quando tem que estar lá às sete da manhã”, comenta Tonho.
Exemplo em casa
A fé sempre esteve presente na vida deles. “Fui crescendo na fé por causa do movimento que eles participavam, do Emaús, e isso influenciou bastante na minha vida”, diz Leonardo.
O jovem também fez o 3º acampamento Formação de Adolescentes Cristãos (FAC) do movimento campista das paróquias de Brusque, Botuverá e Guabiruba. “Minha fé mudou bastante depois que fiz o acampamento. Foi quando eu me engajei bastante”, recorda.
Para o pai, o encontro com Deus transforma. “A partir do momento que tu faz o encontro com Deus, tu não é mais a mesma pessoa. E foi isso que aconteceu com ele, comigo e com a Bia também, porque a gente fez Emaús, e isso transformou a nossa vida”, comenta Tonho.
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