Fernando de Faveri assumiu a delegacia de Polícia Civil de Brusque na segunda-feira, 26
Faveri atuará junto ao titular da delegacia, Juscelino Carlos Boos
A Delegacia de Polícia Civil de Brusque conta, desde segunda-feira, 26, com um novo delegado. Fernando de Faveri retornou à comarca, um desejo pessoal antigo. Apesar de ser natural de Brasília (DF), ele é casado com a brusquense Geisa de Faveri. Ele atuará junto ao titular da delegacia, Juscelino Carlos Boos.
Faveri trabalhou em Brusque de 2008 a 2010. À epoca, foi primeira delegacia que assumiu após sair da academia de Polícia Civil. “Tinha sido bem colocado no curso e tinha algumas opções de escolha no litoral, e optei por Brusque. Gostei muito daqui, por ser uma cidade bem estruturada”.
Na comarca, o delegado realizou diversos trabalhos de investigações contra tráfico de drogas e roubos. “Firmamos várias parcerias com o Ministério Público, Poder Judiciário, Polícia Militar e com a comunidade num todo. Surgiam denúncias anônimas com muita intensidade e foram feitos muitos inquéritos e autos de prisões em flagrante”, lembra.
Em 2010, Faveri ganhou um processo promocional e foi para a região de Criciúma, no Sul do estado, onde atuou por dois anos. De lá, foi para Jaraguá do Sul e, por último, Florianópolis, como gerente da Polícia Civil, no curso de formação dos policiais. “Nesse período que fiquei fora de Brusque tive um filho. Então, o retorno se deu por um desejo familiar, e por ser, das cidade pelas quais eu passei, que criei mais afinidades”, diz.
Com a saída do delegado Ismael Gustavo Jacobus, por processo promocional, surgiu a oportunidade do delegado Faveri voltar para Brusque. “Retorno para a comarca com mais experiência e com a mesma parceria com a comunidade e com todos os setores da segurança pública. A intenção é que a minha volta seja permanente. Não pretendo mais sair da cidade”, diz.
Durante esta semana, o delegado visitou o Ministério Público e o Fórum para reencontrar amigos e conhecer as novas pessoas. Ainda, passou por período de adaptação com o cartório da delegacia e com os procedimentos do delegado anterior. “Pretendo começar com tudo nas investigações na cidade”, garante.
“A intenção é que a minha volta seja permanente. Não pretendo mais sair da cidade”
Percepção da comarca
Durante o primeiro contato com os inquéritos, o delegado Fernando de Faveri já pôde ter uma noção da comarca. Segundo ele, Brusque mantém uma taxa de homicídios e latrocínios tolerável. Porém, há o aumento de incidência nos crimes patrimoniais, como furtos e roubos. “Além desses crimes, há uma quantidade expressiva de acidentes de trânsito com morte, envolvendo motociclistas. E que está fora do razoável”.
De acordo com o delegado, os crimes patrimoniais, especialmente os furtos, tem alguma ligação, ainda que indireta, com o tráfico de drogas. “Houve uma explosão de usuários de novas e antigas drogas, que não se sabe o que fazer, no âmbito nacional. E muitas vezes, o tema ainda é somente tratado na delegacia, sendo que tem toda uma questão de saúde”, lamenta.