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Festa de Nossa Senhora de Azambuja reúne fiéis em Brusque

Evento segue até a noite deste domingo, 20

Os brusquenses já sabem. Todo terceiro fim de semana de agosto é marcado pela tradicional Festa de Nossa Senhora de Azambuja. Considerada uma das maiores celebrações do estado, o evento é reconhecido pelas missas, romarias e as tradicionais barraquinhas.

A programação da festa teve início no sábado, 19, com a missa no santuário e, em seguida, procissão ao Morro do Rosário e queima de fogos. Neste domingo, 20, as celebrações continuam.

A principal missa da festa, como já é tradição, ficou lotada de fiéis de várias regiões do estado que vieram agradecer e pedir graças. A festa segue até as 21 horas deste domingo, já a última celebração inicia às 19 horas.

O arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, presidiu a missa deste domingo. Para ele, a festa este ano tem um sentido especial já que a igreja católica do Brasil celebra o Ano Mariano, em comemoração aos 300 anos do encontro da imagem de  Nossa Senhora Aparecida, nas águas do rio Paraíba do Sul.

Dom Wilson também destaca a importância da Festa de Nossa Senhora de Azambuja para a arquidiocese. “Esta é a principal festa mariana de Santa Catarina. Anos atrás, quando o estado era uma diocese só, a festa reunia milhares de pessoas de todas as regiões neste que é o grande santuário mariano da diocese”, afirma.

O arcebispo lembra também a importância que Nossa Senhora tem para os católicos. “Nossa Senhora inspira nosso modo de viver, a nossa fé, nossa religiosidade. Ela serviu e viveu para Jesus e nós somos chamados a fazer o mesmo”.

O tempo instável não afastou o público que compareceu em peso no sábado e também durante boa parte da manhã deste domingo. Para o reitor e pároco do santuário, padre Iseldo Scherer, o tempo chuvoso não assusta. “A chuva para nós é a bênção de Deus, às vezes podem achar, à primeira vista, que atrapalha o movimento, mas é um sinal dos céus, uma chuva de bênçãos sobre nós”.

A família do tecelão Jurandir Alves de Lima, 35 anos, passou a manhã de domingo na festa. Eles sempre prestigiam o evento, principalmente, pela variedade das tradicionais barraquinhas. “Sempre que podemos, a gente vem. É uma festa muito bonita, é uma boa forma de passar o tempo”, diz.

Neste ano, em torno de 46 barraquinhas foram montadas ao redor do complexo de Azambuja para a festa. Uma variedade de produtos chama a atenção dos visitantes que sempre adquirem, pelo menos, uma lembrancinha.

Pela segunda vez, o paraibano Leôncio Alves Fernandes trouxe seus produtos para vender na Festa de Azambuja. Ele ganha a vida viajando atrás de romarias e festas religiosas vendendo mantas, tapetes, cintos e carteiras. “Gostei bastante daqui, por isso, voltei. É uma festa boa, bem organizada, a gente sempre consegue vender bem”.

Tradição
A primeira edição da Festa de Nossa Senhora de Azambuja ocorreu nos idos de 1892. À época, os festejos ocorriam sempre em 26 de maio, considerado o dia da aparição de Nossa Senhora de Caravaggio. Porém, quis o destino que as chuvas sempre atrapalhassem o evento.

Com a grande repercussão que a celebração tomou, a partir de 1900 ela começou a ser efetuada em 15 de agosto, conhecida como Festa da Assunção de Nossa Senhora. Em 1984, já conhecida como Festa de Nossa Senhora de Azambuja, o Santuário se viu obrigado a organizar os festejos em outubro, por conta de uma grande enchente que assolou o município. No ano seguinte e desde então, o terceiro final de semana de agosto é sempre reservado para a maior festa religiosa da cidade.⁠⁠⁠⁠

Todo o lucro da festa é revertido para o Santuário, o Seminário e para o Hospital Azambuja.