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Figueirense fez por merecer o título

Toda e qualquer final em jogo único tem ingredientes próprios que vão além da disputa ter metade do tempo do usual. Toda a caminhada de 18 partidas se resume em 90 minutos. Uma bobeada, um chute desviado, uma falta maldosa ou até mesmo a falta de cabeça podem ser fatais. No caso da Chapecoense, o […]

Toda e qualquer final em jogo único tem ingredientes próprios que vão além da disputa ter metade do tempo do usual. Toda a caminhada de 18 partidas se resume em 90 minutos. Uma bobeada, um chute desviado, uma falta maldosa ou até mesmo a falta de cabeça podem ser fatais.

No caso da Chapecoense, o psicológico pesou. O Figueirense entrou em campo com a cabeça no lugar, sabedor da responsabilidade do outro lado, e foi melhor, pelo menos, nos 35 minutos iniciais. Lá, o jogo já estava 1 a 0, com o Figueira tocando bem a bola e controlando a partida. Como era de se esperar, o desespero virou abafa, e a receita era segurar. Embaixo da trave estava Dênis, que deu conta do recado e até contou com estrela, na falta de Canteros que explodiu na trave. Com o contra-ataque exposto, abriu-se o caminho para Maikon Leite, colocado por Milton Cruz na reta final do jogo exatamente para isso, tocasse na saída de Jandrei para sacramentar o título.

A Chape foi para a final com números fortes: eram treze jogos sem perder, com gols marcados nas últimas sete partidas. Dênis quebrou essa sequência. O Figueirense foi a campo bem armado, tranquilo e conhecendo bem o adversário. Não é novidade que Jandrei gosta de ficar adiantado, uma vez que a saída de bola começa com ele muitas vezes. Na roubada que originou no gol de Ferrareis, ele estava na marca do pênalti e foi recuando. O jogador do Figueira foi esperto e arriscou. O goleiro se atrapalhou, e o time que já estava pilhado em excesso estourou o medidor.

O grande nome deste título do Figueirense foi Milton Cruz. Já lá no começo do campeonato chamava a atenção pelo fato de ter um time bem arrumado. Perdeu um pouco do gás na reta final, é verdade, mas deu mostras de ter o elenco nas mãos. Tanto que foi melhor preparado para a decisão, contra um adversário que carregava números dignos de um superfavoritismo.

O jogo em si não foi o melhor em emoção. O campeonato em si teve regulamento criticado. Mas ele estava ali e a situação da decisão estava escrita. Parabéns a quem foi mais eficiente dentro dos noventa minutos que realmente valiam. Parabéns ao Figueira.


Reta final
O Bruscão entra nos últimos preparativos para a Série D, com a estreia marcada para a semana que vem, em Porto Alegre. Contra o Metropolitano, já deu uma ideia do time titular que será usado contra o São José. Lima, que só se apresentou nesta semana, ficou de fora do jogo-treino em Blumenau.

O grupo
Nunca o Brusque pegou uma chave tão boa na Série D. Se tudo correr como os conformes, o time disputará com o São José, semifinalista do último campeonato gaúcho, a primeira colocação do grupo. Os outros dois participantes estão mal das pernas. O Mogi Mirim vive grande crise financeira e caiu para a quarta divisão do campeonato paulista, com pífia campanha. Só joga a Série D porque caiu da C ano passado, onde teve até ameaça de abandono do campeonato. Já o Prudentópolis foi rebaixado para a segunda divisão do Paraná com apenas uma vitória em 11 jogos disputados. Os números estão a favor. Basta o time colaborar.

Não fica
Melhor jogador do Brusque no campeonato e Luiz Henriquestadual, o zagueiro Douglas Silva não ficará no time para a Série D. Seu destino será o Metropolitano, na segunda divisão do catarinense. Você pode perguntar: “mas como ele larga o Brasileirão para jogar a Série B do Estadual?” Explica-se: seu empresário, Sandro Glatz, é muito ligado ao Metrô e pretende auxiliar o clube para conquistar o acesso.

Agora é Brasileirão
Passada a folia dos Estaduais, que numa média geral não foram bons (algumas decisões tiveram seu grau de emoção, mas sem apagar o fracasso das primeiras fases, como foi o carioca, por exemplo), agora é a vez do campeonato brasileiro entrar em cena, com aquela imprevisibilidade que lhe é peculiar. Como ele é longo, com lesões, suspensões e transferências, além do pessoal que prioriza outros torneios, é impossível cravar favorito. Hoje, o melhor futebol no país é jogado pelo Grêmio. Se ele vai manter o ritmo, ainda mais convivendo com a Libertadores, só o tempo dirá.