Fila zero: hospitais de Brusque participam de programa de cirurgias eletivas do governo do estado
Até abril, Secretaria de Estado da Saúde registrou uma redução de 3.636 pacientes na fila por procedimentos cirúrgicos só na região do Vale do Itajaí
Até abril, Secretaria de Estado da Saúde registrou uma redução de 3.636 pacientes na fila por procedimentos cirúrgicos só na região do Vale do Itajaí
Em fevereiro, o governo lançou o Programa Estadual de Cirurgias Eletivas, que tem como meta zerar, em até seis meses, a lista de espera por procedimentos cirúrgicos na rede pública de saúde do estado.
Até abril, a Secretaria de Estado da Saúde registrou uma redução de 3.636 pacientes na fila por procedimentos cirúrgicos só na região do Vale do Itajaí. De acordo com a pasta, os procedimentos com as maiores filas na região são do aparelho digestivo, cirurgias ortopédicas, do aparelho circulatório e geniturinário.
Entre os hospitais participantes do programa estão o Hospital Azambuja e o Hospital Dom Joaquim.
O gestor administrativo do Hospital Azambuja, Gilberto Bastiani, explica que o hospital participa da Política Hospitalar Catarinense, e o mutirão de cirurgias eletivas está incluído neste contrato. Assim, são realizados, em média, 150 procedimentos cirúrgicos pelo governo do estado, em várias especialidades.
“Realizamos cirurgia geral, de ginecologia, vascular, de otorrino e ortopedia. Essas são as que mais fazemos. Agora fomos credenciados também para alta complexidade em ortopedia, então poderemos fazer também cirurgias de coluna, quadril e joelho”.
Gilberto destaca que a fila inicia com pacientes da região de Brusque. Depois que esses procedimentos são realizados, o hospital começa a atender pacientes de outras regiões do estado.
“É bom para o hospital, mas principalmente bom para o paciente, que tem o seu problema resolvido mais rápido. Dependendo da especialidade, eles ficam cerca de cinco anos na fila. Então participando desses mutirões, o hospital consegue cooperar para zerar essa fila o quanto antes”.
No Hospital Dom Joaquim a situação é semelhante. O administrador Raul Civinski explica que o hospital participa tanto de mutirões do governo do estado quanto da prefeitura. “No ano passado participamos do mutirão do estado e alguns procedimentos que faziam parte deste contrato se estenderam neste ano, então é praticamente um trabalho contínuo”.
De acordo com ele, para o mutirão que pretende zerar a fila de procedimentos cirúrgicos, o hospital também já sinalizou participação. “Hoje para o município de Brusque fazemos 140 procedimentos por mês, fora as cirurgias de catarata, que são contabilizadas separadamente, e temos interesse em fazer mais”.
Entre os procedimentos que o Hospital Dom Joaquim costuma realizar nos mutirões estão cirurgias na especialidade de urologia, ginecologia, ortopedia, cirurgia geral, vascular, proctologia, otorrinolaringologia, pediatria e oftalmologia.
“É muito interessante para o hospital, porque coloca a nossa estrutura para funcionar e ainda ajuda a secretaria municipal e estadual a reduzir a fila de espera. Todos os mutirões propostos sempre fazemos parte para auxiliar a população”, ressalta o administrador do Hospital Dom Joaquim.
O orçamento já previsto para o programa Fila Zero em 2023 é de R$ 235 milhões. Estão incluídas também as pessoas que aguardam por consultas cirúrgicas, exames e diagnósticos, assegurando atendimento prioritário aos pacientes oncológicos. De acordo com o governo do estado, mais de 225 mil catarinenses serão diretamente beneficiados.
Ainda segundo o governo, as demandas mais reprimidas no estado estão relacionadas a ortopedia, cirurgia geral e geniturinário: joelho, quadril, ombro e coluna; aparelho digestivo: vesícula e vias biliares, hérnias, gastroplastias; histerectomias, vasectomias, laqueaduras e cálculos renais; varizes, angioplastias e ablações.