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Filipe Gouveia critica péssimos inícios do Brusque fora de casa: “não sei qual é a dificuldade”

Treinador pede mais atitude de sua equipe: "se eles estivessem mal fisicamente, não teriam corrido o que correram no segundo tempo"

O técnico Filipe Gouveia afirma não entender os motivos de o Brusque entrar tão mal nos jogos como visitante: isto aconteceu mais uma vez com um primeiro tempo terrível na derrota por 1 0 para o Santa Catarina nesta quarta-feira, 12. Com duas vitórias, quatro empates e três derrotas, o treinador cobra raça e atitude de sua equipe, além da experiência necessária para segurar placares a favor.

“Mais uma vez, oferecemos um gol ao adversário. Essa é a verdade. Fora de casa não conseguimos entrar bem nos jogos. Primeiro tempo horrível. Foi assim aqui, em Joinville, [foi assim] com o Figueirense, assim. Depois falamos, trabalhamos, dissemos que era importante entrarmos bem no jogo para conseguir os três pontos, mas entramos mal mais uma vez. Estamos apáticos, entramos sem reação”, afirma.

Um aspecto que o treinador quer compreender e consertar é o mau desempenho fora de casa, especialmente no primeiro tempo das partidas. São 28 jogos sem vencer como visitante, um jejum que poderá completar um ano em 28 de fevereiro. Basta não vencer o Concórdia no domingo, 16, pelo Catarinense, e o Trem-AP, na quarta-feira, 19, pela Copa do Brasil.

“Trabalhamos isso também durante os treinos, mas mais uma vez entramos mal no jogo, por ser fora. E não sei qual é a dificuldade de jogar fora de casa, não consigo entender. O Brusque já não ganha fora de casa há 27 rodadas, agora acho que já são 28. Não consigo entender essa parte psicológica, que os jogadores, quando vão fora de casa, parece que ficam encolhidos. Já falamos sobre isso, eles não conseguem dar uma justificativa.”

“Não sei o porquê da primeira parte tão amorfa. Porque se eles estivessem mal fisicamente, não correriam o que correram no segundo tempo”, complementa.

Da base aos veteranos

Filipe Gouveia alfineta os jogadores provenientes da base do clube. “Parece que já fizeram tudo, e não fizeram. É preciso dar sempre o máximo e é preciso correr, é preciso trabalhar. Porque eu não exijo aos meus jogadores que eles fintem 10 jogadores, que eu exijo é que eles trabalhem com raça, atitude, mas não tivemos. E demos, mais uma vez, 45 minutos de vantagem ao adversário.”

Contudo, o português também pede mais aos atletas mais experientes. “Então acho que foi mesmo uma questão de atitude e tem que haver mais cobrança dos jogadores mais velhos dentro de campo. Tem que haver mais cobrança entre eles para que isto ande para frente”, comentou, em outro momento da coletiva de imprensa após o jogo.

Segundo tempo

O jogo foi outro na segunda etapa, com o Brusque tentando o gol, pressionando o Santa Catarina. Contudo, o time da casa soube se defender e picar o tempo de jogo, algo que Filipe Gouveia cobra de sua equipe, ainda sentindo o empate de sábado, 8, com o Criciúma.

“Depois, quando quisemos [jogar], o adversário se fechou. O árbitro permitiu passar muito tempo. Os jogadores [do Santa Catarina, no segundo tempo] sempre no chão. Fizeram aquilo que nós devíamos ter feito no segundo tempo contra o Criciúma em casa, quando estávamos a ganhar de 1 a 0, e não fizemos. Parece que não temos também jogadores experientes nesse aspecto para fazer essas situações. E pronto, temos que continuar a trabalhar e acreditar que vamos ganhar o próximo jogo fora de casa.”

“Eu estou mais preocupado com a nossa entrada em jogo do que com as jogadas ‘perdidas’, mandando duas bolas na trave. Estou mais preocupado com a maneira que entramos no primeiro tempo, sem atitude, sem raça. Isto não é uma equipe à minha imagem, não gostei, disse a eles ao intervalo. Reagimos na segunda parte, por isso melhoramos também.”

Parado no mercado

Voltando a destacar a necessidade de reforços, o treinador já não acredita que haja novidades para o estadual. “Vai ser difícil entrar mais jogadores até o fim do Catarinense, o que é mau para nós. Esperávamos que entrassem os jogadores, mas está difícil.”


Assista agora mesmo!

Bar da Toca, no subsolo de restaurante, foi curioso point em Brusque no século 20: