Filipe Gouveia é contundente após empate com o JEC: “pior que o primeiro tempo, impossível”

Técnico afirma que saiu envergonhado para o intervalo e avisa elenco: "só quero jogadores que queiram estar no Brusque"

Filipe Gouveia é contundente após empate com o JEC: “pior que o primeiro tempo, impossível”

Técnico afirma que saiu envergonhado para o intervalo e avisa elenco: "só quero jogadores que queiram estar no Brusque"

O técnico Filipe Gouveia comandou um Brusque que teve atuações opostas no primeiro e no segundo tempo do empate em 1 a 1 contra o Joinville neste sábado, 25, na Arena Joinville. A etapa inicial da partida deixou o treinador envergonhado, e o desempenho só deu orgulho após o intervalo, porque como o próprio português afirma, “pior que o primeiro tempo era impossível”. E, inconformado com a atitude do time, ele avisa que só quer jogadores que queiram estar no clube.

“No primeiro tempo, muito mal. Muito mal a minha equipe. Não é isto que nós treinamos. Fizemos o primeiro tempo, saí envergonhado e disse isto aos jogadores no intervalo. O que disse aqui eu falo a eles, não tem problema nenhum. Muito envergonhado pelo primeiro tempo que fizemos. Porque isto é um time de futebol, e quando um time de futebol não quer ter a bola, eu não entendo, não consigo entender.”

O treinador relata que perguntou aos jogadores por que não queriam ter a bola. Sem uma resposta, promoveu três substituições, com Gabriel Honório, Dionatan e Guilherme Pira nos lugares de Paulinho Moccelin, Ianson e Paulinho, respectivamente. O segundo tempo foi totalmente diferente, com o Brusque conseguindo o empate com Robson Luiz, após lançamento de Gabriel Honório.

“Ajustamos um pouco nosso time em relação ao adversário. Jogamos com três zagueiros, puxamos nossos laterais encostando nos alas deles. E aí, no segundo tempo, sim. Tivemos oportunidades, quisemos ter a bola, tocamos, fomos na profundidade, fomos por dentro. Aquele time eu já conheço. Aquele time do segundo tempo eu já conheço, e vejo eles treinando todos os dias assim.

“Envergonhado pela primeira parte, muito orgulhoso pelo que nós fizemos na segunda”.

Perguntado se o time merecia ter vencido, Filipe Gouveia considera o placar justo, pelo péssimo desempenho no primeiro tempo e pela grande melhora no segundo.

No primeiro tempo, fizemos tudo aquilo que não fizemos nos treinos. Por isso eu fico muito triste com o primeiro tempo e muito contente pelo segundo. Temos que melhorar, sabemos que estamos aqui há pouco tempo, mas de jogo para jogo, temos que melhorar muito mais, muito mais. ”

“Fizemos um segundo tempo fantástico, perante um público fantástico do time da casa, que sempre apoiou, porque se tivesse começado a xingar o time, quem sabe até tivéssemos mais oportunidades. Parabéns também à torcida do Joinville pelo apoio fantástico.”

“Eu só quero jogadores que queiram estar no Brusque”

Ainda consternado pela atuação de sua equipe no primeiro tempo, Filipe Gouveia pede mais atitude de sua equipe com a bola nos pés avisa o elenco: quem não quiser estar no clube, é livre para sair.

“Já vou deixando aqui um aviso, e disse a eles: eu só quero jogadores que queiram estar no Brusque. Quem não quiser estar no Brusque, pode pedir à direção para sair. Não tem problema para mim. Eu trabalho com qualquer jogador, se não for com este, vou buscar mais um ou dois, e o time vai melhorar, certamente. Agora, quem estiver aqui tem que dar muito mais do que deu no primeiro tempo.”

“Isto é um recado para todos, não é um recado para os três que saíram. Porque eu sabia que quem entrasse no segundo tempo iria melhorar, porque pior que o primeiro tempo era impossível.”

Pouco tempo

O Brusque volta a campo às 20h desta quarta-feira, 29, contra o Caravaggio, no Augusto Bauer. Mesmo com as chegadas recentes de Gabriel Honório e Guilherme Pira, o elenco quadricolor é curto, mas o que mais atrapalha o trabalho, neste momento, para Filipe Gouveia, é tempo.

“Chegou o Pira, chegou o Gabi [Gabriel Honório]. Temos tido [reforços], o grande problema é que eles chegam e nós temos três, quatro treinos para trabalhar os jogadores. Isto dificulta. O que queremos neste momento: mais tempo. Mas percebemos que já temos um jogo na quarta-feira e temos que trabalhar em cima dos joelhos [trocando pneu com o carro andando, no Brasil].”

“Temos que trabalhar situações ofensivas e defensivas contando com a recuperação dos jogadores já para quarta-feira. Este é que é o nosso problema neste momento. Porque não posso fazer amanhã um treino de organização defensiva para estes homens que correram quilômetros, porque vou arrebentar com os jogadores. E tenho que pensar que temos um jogo já na quarta-feira.”

Perguntado se o time do segundo tempo contra o Joinville será titular contra o Caravaggio, o técnico explica: “Vamos ver nos treinos, tem jogadores que entraram no intervalo que não têm condição de jogar 90 minutos. Vamos tentar gerenciar e tentar fazer um time para ganhar.”


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