FIP e Unifebe aderem às manifestações e param na segunda-feira, 1 de julho
Paralisação em todo o Brasil foi proposta nas redes sociais
A mobilização popular que se iniciou em São Paulo pela tarifa zero no transporte público e se perpetuou pelo Brasil, com uma série de outras reivindicações, continua ganhando novos atos. A próxima ação deve ser uma paralisação geral, proposta pelas redes sociais e que ganhou corpo com os manifestos dos últimos dias. Tanto que entidades e empresas confirmaram que vão aderir à manifestação e paralisar suas atividades durante todo o dia 1º de julho, segunda-feira.
No final da tarde de quarta-feira, 26 de junho, a FIP – Feira da Moda, emitiu um comunicado informando sua participação na paralisação. Na tarde de quinta-feira, 27 de junho, o Centro Universitário de Brusque – Unifebe – também confirmou que paralisará as atividades na segunda-feira em solidariedade aos manifestos.
FIP
A gerente de marketing da FIP, Gislaine Hodecker, explica que a empresa decidiu paralisar as atividades em apoio às manifestações populares. “Nós também acreditamos que são necessárias melhorias na saúde, na educação, nos transportes, porque são setores básicos do nosso país. A direção da FIP acredita que se manifestar de alguma forma é contribuir para um futuro melhor do país, para minimizar os problemas”, justifica. A gerente destaca que a decisão foi tomada depois de uma consulta e da adesão dos mais de 200 lojistas que fazem parte da Feira da Moda. “Isso é uma forma de mostrar ao governo que não vamos ficar de braços cruzados vendo toda essa situação acontecendo, sem tomar nenhuma atitude”, conclui.
Unifebe
Depois do anúncio da adesão da instituição, a reportagem do MDD entrou em contato com o vice-reitor Alessandro Fazzino. Ele confirmou a paralisação, e destacou que esta é uma forma da entidade participar do movimento que apoia. “Dentro do nosso entendimento, como esse é um movimento pacífico que busca um Brasil melhor, a Unifebe entendeu que deveria aderir, tanto professores, quanto funcionários e acadêmicos. E esperamos que toda a paralisação que está sendo prevista, que ela aconteça de forma pacífica e buscando essas melhorias para o Brasil”, disse.
Atualmente a Unifebe tem mais de 2.500 alunos e cerca de 300 colaboradores, entre funcionários técnico-administrativos e professores. Fazzino explica que a instituição não promoverá qualquer ato de manifestação, além de paralisar as atividades, mas que todos estão liberados para participarem de outras ações. “Como é um movimento livre, fica a cargo de cada indivíduo participar de um manifesto, demonstrar um apoio, ou não, a essa condição”, esclarece, ressaltando que antes de optar pela paralisação, a instituição analisou a possibilidade de remanejar aulas e atividades e garante que não haverá prejuízo aos alunos.
Outras entidades
A reportagem também conversou com a Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) e com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). As duas instituições informaram que não havia mais nenhuma posição oficial sobre outras empresas ou entidades que devem aderir ao manifesto. Porém, o presidente da CDL, Altamir Antônio Schaadt, afirmou que apoia os manifestos, mas que aderir a paralisação deve ser uma decisão de cada associado.