Fique atento ao calor e ao sol forte com seu pet e saiba como protegê-lo
Cães com pelagem clara precisam de proteção e atenção especial, assim como os obesos, com problemas cardiológicos ou de focinho curto
Ao fim do ano, os tutores de animais começam a se preocupar com os fogos de artifício, que causam grande estresse e até problemas de saúde em cães e gatos, mas o período também é de forte calor e temperaturas elevadas, que também merecem atenção. Médicos veterinários de Brusque afirmam que problemas de pele são mais frequentes nesta época do ano, e em casos mais extremos, até câncer de pele.
A veterinária Ana Paula Schaefer Schumacher, da Pet Therapy, destaca que os tratamentos são específicos dependendo do caso, e há diversos problemas de pele que são mais comuns durante o verão: coceira, vermelhidão e dermatite costumam ocorrer mais durante esta época do ano, além de insolação e queimaduras. “Os animais também ficam mais suscetíveis a pulgas e carrapatos”, completa. Sintomas de alergia podem ficar mais intensos.
Nos cães de pelagem mais clara e nos albinos, aumenta o risco do câncer de pele. Os albinos são aqueles animais com pelagem muito clara (não necessariamente branca) e sem melanina no corpo, com boca, focinho e entorno dos olhos rosados, sendo mais sensíveis à luz e ao calor. O veterinário Eduardo Gevaerd, da Vitavet, também destaca raças como pug e buldogue como mais vulneráveis.
“Os animais têm a pelagem que serve como isolante térmico, e dessa forma podem demorar mais tempo para perceber os efeitos do clima. Alguns animais percebem, mas muitos não conseguem se proteger sozinhos, ficando dependentes de seus tutores para promoverem locais adequados para sua proteção”, comenta. Animais obesos ou que possuem problemas cardiológicos precisam de atenção redobrada.
A veterinária do Pet Center, Amanda Rister, comenta que os animais de focinho curto possuem mais dificuldade porque o ar inspirado não resfria de forma ideal até chegar aos pulmões, já que o caminho é menor. Nos cães de pelagem clara o ideal não é fazer a tosa completa, mas sim tirar volume para manter um equilíbrio entre a proteção que o pelo promove e o conforto do animal. Pelagens baixas demais podem deixar o animal mais vulnerável, e longas demais causam dificuldades com a higienização.
“É uma época com maior proliferação de pulgas e carrapatos, que podem causar doenças, algumas delas bastante complicadas. É importante fazer a prevenção também nesta questão”, explica.
Prevenções
Para manter o animal resfriado, os ventiladores são mais recomendados que os aparelhos de ar condicionado, já que estes podem causar o ressecamento das vias aéreas, aumentando a chance de vulnerabilidade com alergias.
Existem protetores solares específicos para os animais, com aplicação semelhante àquela dos protetores para humanos. Há os produtos já prontos e aqueles provenientes da manipulação. A hidratação também é fundamental, com pedras de gelo podendo ser colocadas junto à água da tigela.
O ideal é que os passeios sejam feitos em momentos sem sol ou com sol baixo, até às 9h e a partir das 19h. É fundamental dar acesso a local adequado, com proteção contra o sol e altas temperatura. “O animal pode não apresentar sinais, assim como um animal com fome sente fome por muito tempo antes de parecer pedir comida. O animal com calor age de forma semelhante”, explica Amanda.