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FME irá investigar explosão de rojão em partida da semifinal do Campeonato Amador de Brusque

No jogo entre o Caçador e o Poço Fundo, domingo, teve confusão e equipes podem ser punidas

Após a confusão registrada no Campo do Davi, no domingo, 24, a Fundação Municipal de Esportes (FME) – entidade organizadora do Campeonato Municipal de Futebol Amador de Brusque – irá analisar os relatos e, se necessário, julgar o Caçador. O alviverde de Thomaz Coelho enfrentou o Poço Fundo e as duas torcidas protagonizaram briga e muita confusão.

O árbitro da partida, Nilmar Lassen, relatou na súmula que um rojão estourou em um local onde havia torcedores tanto do Caçador quanto do Poço Fundo. Ele escreveu no documento que não soube identificar de qual torcida ou mesmo quem foi a pessoa que arremessou o artefato.

Este foi o relato da súmula, no entanto, relatos nas redes sociais e até mesmo de pessoas ligadas à organização do campeonato dão conta de que houve invasão de campo. O superintendente da FME, Delmar Tondolo, reconhece que houve invasão do gramado e culpa quem atitou o rojão por todos os problemas subsequentes.

“Tudo aconteceu por causa do rojão, já teve jogos ali e não aconteceu nada”, diz Tondolo. Ele conta que há informações sobre o autor do lançamento do rojão, porém, a dificuldade é que a maioria das pessoas não quer “se incomodar”. Elas falam informalmente, mas não querem depor oficialmente para que o clube ou torcida responsável seja punido, com isso, fica complicado, ou quase impossível, para que alguém seja punido efetivamente.

“É quase impossível ninguém tenha visto quem jogou no meio de 100 a 200 pessoas como tinha ali”, afirma o superintendente.

Cultura atrasada

Tondolo culpa uma cultura atrasada de hooliganismo entre alguns torcedores e atletas do campeonato amador. Segundo ele, é preciso acabar com a concepção de que por se tratar de uma competição não-profissional vale tudo: quebrar as coisas e machucar as pessoas. Ele diz que a fundação trabalha para tentar levar as famílias de volta para os estádios e campos.

Para o superintendente, esta edição do Campeonato Amador de Brusque já mostra que as famílias têm voltado a acompanhar os jogos. “Lamentamos mesmo porque as famílias estavam voltando aos estádios”.

Estádios escolhidos

Com os acontecimentos de domingo, foi levantada a questão dos estádios do campeonato e chegaram críticas ao Campo do Davi à reportagem. Para o superintendente da FME, não há motivo para desqualificar o espaço. Além disso, ele ressalta que no congresso técnico ninguém vetou estádio algum.

A FME é a responsável por liberar os estádios para a realização dos jogos. Segundo Tondolo, são observados os detalhes de segurança, porém, quesitos como as dimensões de gramado, alambrados e outros não são levados em conta. Os estádios também não passam por vistoria das polícias. “Se fosse passar por isso, seria apenas os campos do Renaux [Augusto Bauer] e do Paysandú [Cônsul Carlos Renaux]”, diz. O superintendente afirma que são feitos ajustes em comum acordo entre os clubes para a realização do campeonato.

“É quase impossível ninguém tenha visto quem jogou no meio de 100 a 200 pessoas como tinha ali” – Delmar Tondolo, superintendente da FME