“Foi uma experiência muito forte”: morador de Brusque reencontra equipe do Samu que o salvou
Homem sobreviveu a uma parada cardiorrespiratória e foi salvo por profissionais da saúde
Um reencontro emocionante marca a Semana Nacional da Enfermagem em Brusque, que começou no dia 12 de maio. Elizeu de Souza Mendonça, de 51 anos, é morador do bairro Limeira e sofreu uma parada cardiorrespiratória no dia 24 de março e foi salvo por profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A reportagem do jornal O Município acompanhou o reencontro entre Elizeu e o técnico de enfermagem, Guilherme Barbosa e o socorrista Roni Paixão, profissionais do Samu que realizaram o seu atendimento.
Emocionado, o sobrevivente agradeceu os trabalhadores e relatou que foi um momento delicado para toda a sua família. “Foi uma experiência muito forte, tudo o que eu passei”, conta.
30 minutos de tensão
Elizeu estava na cozinha de sua casa, quando levantou para se servir. Ainda de pé, bateu a cabeça no armário e caiu, inconsciente. A esposa dele, Leila Cristina, o cunhado e um de seus filhos estavam na residência no momento do acidente.
Ao escutar o barulho da queda, Leila e o cunhado foram socorrer Elizeu, que já encontrava-se no chão desacordado. Foi nesse momento que a família chamou um dos seus vizinhos, Ricardo, bombeiro comunitário, que prestou os primeiros socorros.
A família de Elizeu chamou a Samu, que chegou ao local e realizou os devidos procedimentos. Após cerca de 30 minutos, os sinais vitais da vítima retornaram e ele foi encaminhado ao Hospital Azambuja.
Leila relata que o período entre o ocorrido e o atendimento com os profissionais de saúde foi de apreensão. “Foi bem difícil. A nossa família toda tava chorando. Foi desesperador”, diz.
No hospital, ele passou 21 dias internado na Unidade de terapia intensiva (UTI). “O estado dele era gravíssimo. Só tínhamos uma esperança. Esperávamos muito que ele não ficasse com nenhuma sequela”, afirma.
Quanto ao trabalho dos profissionais do Samu e do bombeiro comunitário, Leila foi direta: “Eu chamo eles de anjos”.
Roni salienta que casos como o de Elizeu, em que a vítima retorna bem, são raros. “Apesar de todo o nosso conhecimento, isso não depende da gente. Nesse caso, ele teve um suporte muito rápido, ele teve um tempo resposta muito rápido”.
Nessa situação, cada minuto faz a diferença. “A gente chegou num tempo hábil e conseguimos fazer o nosso melhor”, completa.
Vida normal e sem sequelas
Apesar de não ter lembranças dos acontecimentos do dia do acidente, Elizeu não tem nenhuma sequela e retornou para a sua vida normal. Ele é bispo na Igreja Evangélica Pentecostal Nova Filadélfia e já retornou para as suas atividades.
Moradores de Brusque há quatro anos, o casal conta que nunca havia vivenciado uma situação como essa. “Ele sempre teve uma saúde de ferro”, destaca Leila.
Agora, o momento é de recuperação e cuidado. “Tô me recuperando, emagreci muito, mas eu acredito que vou recuperar esse peso. Depois do que eu passei, estar magro é o de menos”, diz.
Realização profissional
Para os profissionais da área da saúde que fizeram o atendimento de Elizeu, o técnico de enfermagem Guilherme Barbosa e o socorrista Roni Paixão, o reencontro foi emocionante.
Foi a primeira vez que eles visitaram um sobrevivente de uma parada cardiorrespiratória. “Pra mim foi um prazer encontrar a vítima com saúde, ainda mais nessa Semana Nacional da Enfermagem”, compartilha Guilherme.
“Pra gente é uma satisfação enorme. Em meio a tanto caos, ter uma situação dessa renova as nossas esperanças e nos motiva a continuar nessa missão”, afirma Roni.
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