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Forças de segurança pública do Brasil visitam Brusque para participar de curso inédito em Santa Catarina

Oficiais do Corpo de Bombeiros, Polícia Científica, BOPE, Polícia Civil e Militar participam do evento

Aconteceu na manhã desta quarta-feira, 9, a abertura do curso de multiplicador de atendimento pré-hospitalar (APH) policial em Brusque. A turma, que é a primeira de Santa Catarina, é formada por policiais de todo o Brasil e de diversas categorias. O cerimonial aconteceu no auditório da Uniasselvi, no Centro.

O curso vai até o dia 20 de agosto. Até o dia 18, acontece na Uniasselvi, nos dias 19 e 20 ele é ministrado na Unifebe. Entre as corporações de Brusque participantes estão o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil. Entre os alunos há oficiais também do BOPE, Polícia Científica e outras categorias especiais.

O que é?

O treinamento tem como objetivo capacitar os militares em técnicas de primeiros socorros aplicadas em situações de combate e emergências, visando garantir um atendimento rápido e eficaz em situações de risco.

Carlos Rodrigo da Silva, subtenente do Corpo de Bombeiros de Brusque, representou a corporação e o capitão Basílio no evento. Para Carlos, é preciso entender as diferenças das técnicas de APH utilizadas.

“Fomos procurados para auxiliar eles na parte de estágio. Eles vão observar o nosso trabalho no dia a dia, para que possam comparar e entender a diferença do APH nosso tradicional do APH de combate. No nosso atendimento temos mais tempo, conseguimos atender o paciente com mais tranquilidade. As lesões costumam ser diferentes. Já os policiais trabalham mais no objetivo de estancar hemorragias (geralmente por marcas de tiro), utilizando geralmente torniquetes”, diz Carlos.

Otávio Timm/O Município

Qual a dinâmica do curso?

Filipe de Souza é médico e trabalha na ambulância avançada de rodovia. Instrutor de APH em combate e APH Civil, também trabalha na regulação de saúde. Atualmente é coordenador do curso de multiplicadores institucionais do protocolo Marc 1 (que é ministrado no curso). 

Ele explica que a estrutura do comitê brasileiro de APH em combate é não-governamental, mas é privada e sem fins lucrativos. Ela é composta por vários alunos chamados de ‘cobras’, que foram formados nas duas turmas de pós-graduação. Os alunos são distribuídos em todos os estados do país e cada região, sob demanda, solicita o curso.

“Como não temos quantidade ideal de instrutores formados na pós-graduação, temos essa sistemática de multiplicação de conteúdo, ou seja, formar esses instrutores para que levem o conhecimento até seus postos, multiplicando de fato o conhecimento”, comenta Filipe.

O médico lembra que o atendimento de combate não é voltado ao civil, mas sim aos profissionais de segurança pública. Cada estado faz a solicitação ao comitê, e cabe ao órgão delegar os instrutores (cobras formados) para coordenar os cursos.

Otávio Timm/O Município

Cronograma do curso

O protocolo Marc 1 citado por Filipe, deriva de outro protocolo americano, porém que foi adaptado para a realidade jurídica brasileira.

“Na formação passamos uma parte didática do ensino, não da APH. Passamos como serão montadas as oficinas e as dinâmicas. Eles precisam passar por isso para solidificar o conteúdo. Há também uma prova teórica com uma média, se o aluno não passar, ele não forma”, complementa o médico.

Divisão

  • do dia 9 ao 18 é realizada a formação dos multiplicadores;
  • do dia 19 ao dia 20 os alunos ‘cobras’ formam outros operadores do protocolo.

“Conseguimos passar um conteúdo denso dentro de 16 horas de aula. O aluno sai daqui tendo condições de fazer o uso das ferramentas de forma correta e de executar as técnicas da melhor forma possível. Felizmente, a busca pelo APH em combate é grande e os oficiais estão enxergando essa necessidade. Queremos que eles saiam daqui com condições para multiplicar o conhecimento, padronizando esse tipo de atendimento em todo o país”, conclui.

Parceria

O comandante da Polícia Militar de Brusque, Pedro Machado, comentou sobre o curso e ressaltou a parceria entre os profissionais de segurança pública. 

“A iniciativa é da Polícia Civil de Brusque e nos foram oferecidas vagas. O curso é de capacitação e o conhecimento é de extrema importância. Saber atender o seu companheiro em um momento de combate é preciso. Estamos dando todo o suporte possível, tanto que há policiais de todo o Brasil alojados no nosso batalhão”, diz o comandante. 

Otávio Timm/O Município

O delegado regional Fernando De Faveri, responsável pela 17ª DRP, também esteve no evento e comemorou o sucesso da organização feita pela Polícia Civil de Brusque. 

“É uma honra receber policiais do Brasil inteiro. A ideia surgiu na Polícia Civil de Brusque em contato com profissionais da área médica. Com o consenso foi possível trazer o curso para Brusque. A união entre os órgãos foi essencial, já que é isso que fez Brusque ser uma das cidades mais seguras do país”. 

O delegado ressalta que foi possível, através das parcerias (inclusive privadas), conseguir alojamentos, laboratórios e auditórios.

“Isso qualificou e tornou possível a atividade. Queremos padronizar esse tipo de atendimento em todo o Brasil, essa é a ideia do comitê do curso. Fora que também se cria uma grande rede de contatos. Os policiais de todo o país terão contato mais diretos entre as corporações”.


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Desenvolvedor de Guiné-Bissau, na África, conheceu Brusque após contato no LinkedIn: