Formandos da Univali acusam presidente de comissão de formatura de desviar mais de R$ 100 mil
Festa foi realizada no último sábado
O presidente da comissão de formatura do curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) de Balneário Camboriú, teria desviado cerca de R$ 115 mil destinados à festa. A denúncia foi feita pelos demais formandos.
De acordo com uma representante do grupo de 45 formandos, que não quis se identificar, o presidente teria confessado o crime ao restante da comissão uma semana antes da festa, no sábado, 4.
“Na segunda-feira tivemos o ensaio e, no fim, a comissão pediu uma reunião com todos. Foi aí que falaram que ele teria ligado um a um confessando o desvio de recursos. Ele chegou a oferecer o carro e o celular ao local do evento, mas o clube não aceitou. Nos extratos bancários tem Pix de mais de R$ 30 mil para a conta do esposo dele”, detalha a advogada.
“Foi um caos, parecia o apocalipse. Teve formando chorando, ligando desesperado pra todo mundo. Se fosse dividir o valor daria mais de R$ 2 mil por formando e teríamos até segunda-feira pra pagar. Isso já era 22h de segunda-feira”, comenta.
Ainda segundo ela, a comissão informou os formandos dois dias depois que bancaria as despesas. Porém, para realizar o baile no dia 11, alguns gastos precisaram ser cortados. Itens mais básicos, como alimentação, não foram possíveis.
Valores desviados
Valores transferidos pelos formandos para a conta particular do presidente não teriam sido repassados para a conta da comissão ou para as empresas prestadoras de serviços. Ele também teria desviado dinheiro da conta, que estava no nome da tesoureira.
Ainda assim, o grupo afirma que cerca de R$ 97 mil deveriam ter sobrado na conta. Entretanto, até a data da formatura o valor estava zerado e a comissão não soube informar para onde foi o dinheiro.
Os formandos registraram boletins de ocorrência pedindo pela quebra de sigilo bancário das contas. Outra denúncia também foi registrada no Ministério Público de Santa Catarina. O acusado não se formou com o restante da turma, mas segue em Balneário Camboriú.
Contraponto
Em resposta à reportagem, o advogado que representa o formando afirmou que o caso se trata de um erro contábil. Felipe André Dani também é professor do curso. Segundo ele, não houve prejuízo financeiro aos formandos.
“Nos dias que antecederam a formatura, foi realizado uma análise contábil e, a comissão constatou que a gestão dos valores teria sido incorreta (alguns festas e eventos teriam gerado algum tipo de gastos não contabilizados).
Imediatamente a comissão se reuniu e, foi feita uma assembleia entre todos os formandos, que votaram de forma unânime na solução apresentada, inclusive, de tal ato foi feito um termo escrito.
Ao final, todos os fornecedores foram pagos no vencimento, tudo o que fora prometido aos formandos foi entregue na formatura, e, nenhum formando teve que pagar nada além do que fora combinado.
Portanto, entendemos que foi um erro contábil, diagnosticado e solucionado pela comissão, não gerando nenhum prejuízo financeiro aos formandos ou aos seus familiares”
O advogado não compartilhou com a reportagem o termo que teria sido assinado pelos estudantes e não negou as acusações de desvio. Entretanto, reforça que o caso foi solucionado sem prejudicar ninguém.
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