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Fortnite: brusquense de 13 anos está entre os 100 melhores do Brasil no jogo

Kauã Ruberti Yamashiro se dedica ao jogo com o objetivo de alcançar rendimentos ainda maiores em 2025

O jovem Kauã Ruberti Yamashiro, de 13 anos, é um dos principais nomes da nova geração de jogadores de Fortnite no Brasil. Natural de Brusque e morador do bairro Jardim Maluche, Kauã não só está entre os 100 melhores jogadores do país, como já acumulou 1,6 mil dólares em premiações no jogo.

Kauã começou a jogar Fortnite aos 6 anos e, com o tempo, percebeu que se destacava. “Eu jogava com meus primos e amigos apenas por diversão, mas logo pensei que poderia competir. Agora, com 13 anos, posso me dedicar de verdade”, conta.

Embora qualquer pessoa possa jogar Fortnite, é somente a partir dos 13 anos que o jogador tem a possibilidade de resgatar o dinheiro conquistado nas competições. “Com a minha idade, posso fazer transmissões ao vivo e comecei a trabalhar minha imagem para que mais pessoas me conheçam e me acompanhem”, explica o jovem atleta.

Atleta de eSports, Kauã Ruberti Yamashiro tem rotina intensa de treinos e competições | Foto: Luiz Antonello/O Município

Atualmente, Kauã faz parte de um dos maiores times de Fortnite do Brasil, a equipe F4tality, e treina junto a outros amigos para participar de campeonatos. Eles utilizam o Discord para se comunicarem durante os treinos e disputas.

O pai de Kauã, o empresário Clayton Yamashiro, de 44 anos, explica que a principal rede social usada pela comunidade de Fortnite é o X (antigo Twitter), onde os jogadores buscam parceiros para formar duplas ou trios em campeonatos. “Para as transmissões ao vivo, ele aposta no Twitch, YouTube e TikTok”, afirma.

No X, Kauã já conta com mais de 2 mil seguidores, um número expressivo, considerando que começou a divulgar suas redes sociais recentemente. Ele é conhecido no mundo dos jogos como Mxsty, e pode ser encontrado no Twitter e YouTube com o @1mxstyftn e no Twitch como mxstyftnn.

Fortnite e a rotina intensa de treinos

Luiz Antonello/O Município

Apesar de o jogo ser um passatempo, Kauã segue uma rotina intensa de treinos. Sua mãe, a empresária Eliza Yamashiro, 34, ressalta que a dedicação do filho vai além do simples ato de jogar. “Ele começou brincando, mas há mais de um ano decidiu que queria se tornar um jogador profissional. Agora, ele treina de forma estruturada. Não é só jogar por jogar”, explica.

A Epic Games, desenvolvedora do Fortnite, realiza campeonatos semanalmente, com um público de 2,5 milhões de jogadores diários e picos de 13 milhões de jogadores simultâneos. Na América do Sul, uma competição conta em média com 35 mil participantes, dos quais normalmente menos de 1% avançam para as etapas finais. Kauã já ficou 24 vezes entre os 10 melhores, e já conseguiu um primeiro lugar numa competição com mais de 30mil jogadores.

Eliza destaca que, além dos treinos no jogo, Kauã cuida da saúde física e mental. “Ele tem acompanhamento com um psicólogo especializado em atletas de eSports e também realiza atividades físicas e cuida da alimentação, o que é essencial para seu desempenho”, acrescenta.

Apoio dos pais

Eliza e Clayton destacam o apoio ao filho e falam que nos EUA, por exemplo, jogadores de Fortnite com bons rendimentos ganham bolsa de estudos | Foto: Luiz Antonello/O Município

Enquanto muitos pais ainda têm dúvidas sobre a carreira de um jogador de Fortnite, o apoio de Clayton e Eliza tem sido fundamental para Kauã. “Muitos dos amigos do Kauã ficam felizes ao verem que nós o apoiamos, porque a maioria dos pais não compreende que ele pode transformar esse talento em profissão”, conta Clayton.

Eliza destaca que sempre foram abertos à tecnologia e à gamificação. “Entendemos que os jogos fazem parte do futuro e que Kauã tem a oportunidade de aproveitar essa realidade. Ele tem talento e, assim como um jogador de futebol que se destaca desde cedo, é algo que pode levar longe”, explica.

Para apoiar o filho, o casal investiu em equipamentos de qualidade, como um computador potente e outros acessórios necessários para as competições. “O Kauã precisa de disciplina, assim como qualquer outro atleta, e é por isso que ele treina com seriedade. Ele precisa abrir mão de algumas coisas, como sair com amigos, pois tem o objetivo de se tornar profissional”, afirma Clayton.

Desafios enfrentados

Luiz Antonello/O Município

No entanto, a jornada de Kauã não foi sem desafios. Um deles foi a resistência da escola em permitir que ele faltasse às aulas para participar de competições. “Quando falamos que ele tinha compromissos com o time, a resposta foi negativa. Se fosse futebol, talvez fosse diferente, mas por ser videogame, não houve compreensão”, lamenta Eliza.

Apesar das dificuldades, Kauã tem conseguido equilibrar sua vida escolar e social com os treinos. A mãe observa que o filho utiliza a internet de maneira construtiva, aprendendo não apenas inglês, mas também geografia, história e política. “A chave está em saber dosar o tempo online”, destaca Eliza.

“Se o Kauã quiser parar amanhã, ele pode. Mas ele continua porque é algo que ama. Além disso, ele faz parte de uma comunidade global, com amigos de vários países. Essa experiência abre portas e expande os horizontes dele”, finaliza Clayton.


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