Fotos de brusquense são utilizadas para aplicação de golpes em grupos de Facebook

Golpista vende celulares e roupas e, após confirmação do pagamento, bloqueia a vítima nas redes sociais

Fotos de brusquense são utilizadas para aplicação de golpes em grupos de Facebook

Golpista vende celulares e roupas e, após confirmação do pagamento, bloqueia a vítima nas redes sociais

As fotos de uma brusquense estão sendo utilizadas em grupos de venda no Facebook e no WhatsApp para aplicação de golpes em todo Brasil. Aline Cervi, 27 anos, foi alertada por uma seguidora no Instagram que informou o caso na segunda-feira, 30.

Uma pessoa, que usa o nome de Julia Silva, vende celulares do tipo iPhone, e roupas, em grupos de trocas e venda no Facebook. Aline descobriu como o esquema funciona após uma vítima denunciá-la em um dos grupos.

Quando a pessoa entra em contato demonstrando interesse no produto, o golpista pede para vítima depositar o dinheiro na conta do suposto irmão de Aline. Após a confirmação do depósito, a vítima é bloqueada em todas as redes sociais. Só então ela percebe que caiu em um golpe.

Até o início dessa semana, a pessoa que aplica os golpes tinha um perfil no Facebook e no WhatsApp com as fotos de Aline. “Agora a pessoa deletou ou desativou o perfil, mas está no Messenger. Eles continuam conversando com as pessoas usando a minha foto”, relata a brusquense.

Uma das vítimas postou no grupo alguns prints relatando o golpe no WhatsApp, além de fotos de Aline, utilizadas pelos golpistas. Ela diz que comprou um iPhone.

Prints das conversas

A vítima encontrou o perfil oficial de Aline e achou que era ela quem estava aplicando os golpes. “Ela veio me xingar, me cobrar e falar várias asneiras. Eu tentei explicar para ela que não era eu, que era um fake e pedi para ela me mandar as conversas, inclusive o número da conta na qual ela depositou e a pessoa dizendo que era do meu irmão”, conta.

Aline tentou entrar no grupo de trocas e vendas para encontrar essa publicação. Ela foi aceita no grupo nesta quarta-feira, 2, e fez um post explicando que existia uma pessoa que se passava por ela naquele grupo. “Começaram a surgir vários comentários e outros prints dessa pessoa conversando com outras meninas oferecendo não só iPhone como roupas, óculos, artigos da Oakley”.

A brusquense diz que está guardando os prints e que até o momento não descobriu nenhuma outra vítima do golpe. “Ela conversou com muitas outras oferecendo, mas nenhuma chegou a depositar. Elas perceberam que estava meio estranho ou muito barato e acabaram não depositando”.

Um desses prints das conversas mostra que essa pessoa vem tentando aplicar o golpe desde o início de agosto. A brusquense afirma que não sabe há quanto tempo essa pessoa se passa usa sua imagem.

Xingamentos nas redes sociais

Como Aline tem vários seguidores nas redes sociais, outras pessoas encontraram o seu perfil oficial e estão fazendo comentários ofensivos em suas fotos.

“No meu caso é bem complicado pois as pessoas estão associando a minha imagem a golpe e estelionato e mais complicado ainda porque costumo viajar bastante e frequentar bastante festas para fora do estado. Seria muito fácil acontecer de eu ir para outro estado e me reconhecerem como o “fake” que está dando golpes usando minhas fotos e algo pior acontecer”, relata.

A brusquense já registrou um boletim de ocorrência e informou o número de WhatsApp que usa as suas fotos para aplicar o golpe. “Eles continuam usando. Adicionei para ver e eles continuam usando, ficam online direto. Fui instruída de que não tenho muito o que fazer. Publiquei nas redes sociais para alertar as pessoas que me seguem e me conhecem”, diz.

Ela também pede que as pessoas tomem cuidados com essas negociações pela internet. “Quando você vai negociar algo com alguém via depósito/Sedex, pede referência da pessoa, pesquisa a foto e se certifica de que é real”, pontua.

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