Frente Parlamentar busca soluções para combater impactos econômicos nos setores calçadista e de componentes

Encontro de forma virtual, nesta quinta-feira, 30, atende ao apelo feito pelo prefeito Daniel Netto Cândido

Frente Parlamentar busca soluções para combater impactos econômicos nos setores calçadista e de componentes

Encontro de forma virtual, nesta quinta-feira, 30, atende ao apelo feito pelo prefeito Daniel Netto Cândido

O deputado estadual Altair Silva, através da Frente Parlamentar em Apoio aos Setores Calçadistas e de Componentes para Calçados, a qual coordena, solicitou uma audiência com o Secretário da Fazenda, Paulo Eli, com a presença de lideranças empresariais e políticas de São João Batista, para que possa ser discutido os pleitos do setor, que sofre com os impactos econômicos provocados pela pandemia da Covid-19. Também participou a deputada Marlene Fengler, que integra a Frente.

O deputado atendeu um apelo feito pelo prefeito Daniel Netto Cândido, ainda no dia 31 de março.

O encontro de forma virtual, nesta quinta-feira, 30, buscou soluções para combater o impacto econômico provocado pela pandemia.

Paralelo a este trabalho, o prefeito também já levou a situação do município para o Fórum Parlamentar Catarinense, nesta quarta-feira, 29, inclusive o coordenador da bancada catarinense, deputado Daniel Freitas, destacou o assunto na coletiva do presidente da república. Uma nova reunião está agendada para o dia 21 de maio.

“Nosso produto não é aquele essencial, que as pessoas vão priorizar consumir, por isso, a retomada vai ser ainda mais difícil. O município fez tudo o que estava ao seu alcance. Tem coisas, no entanto, que não dependem só de nós. Agradeço muito ao deputado Daniel Freitas por atender ao pedido levando ao presidente a situação de nossa cidade”.

Reconhecida como a capital catarinense do calçado é o maior polo calçadista do Estado, o 4º do país e a economia local depende diretamente dessa produção. O setor, já amarga 2,5 mil demissões desde março, quando iniciou o isolamento social.

“São mais de 1,6 milhões de pares produzidos por mês, e que agora, boa parte deixa de ser fabricado. Eram mais de 8 mil pessoas empregadas nas mais de 400 empresas instaladas no município, e que agora sofrem com essa situação. Precisamos que o governo do estado adote medidas para salvar o setor e é isso que vamos debater junto ao secretário”, comentou o autor do pedido, deputado Altair Silva.

O Secretário da Fazenda, Paulo Eli, se comprometeu em analisar uma melhor tributação para o setor de componentes, que faz parte da cadeia do calçado e tornaria o polo mais competitivo. Além disso, explicou a situação econômica do Estado, que os impede de oferecer uma linha de crédito diferenciada, por exemplo, diferente do governo federal, que possui mais possibilidades.

Dessa forma, o prefeito informou da próxima reunião do Fórum Parlamentar, que será em São João Batista e ficou acordado que lá buscarão melhores opções.

Saiba mais

A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) estima que a produção de calçados deva encolher pelo menos 49% no segundo trimestre do ano, em relação ao mesmo período do ano passado. A crise já fez com que o setor no Brasil perdesse 26,5 mil postos de trabalho.

A queda será somada a um revés de 14,2% nos primeiros três meses do ano, o que deve resultar em uma retração de pelo menos 31,8% no primeiro semestre. “Estamos preocupados com o setor, que é o motor da economia local. Através da Assembleia Legislativa, vamos juntar todos os esforços para ajudar o setor a se recuperar em Santa Catarina”, frisou Altair.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista (SincaSJB), Almir Manoel Atanázio dos Santos, o principal problema enfrentado pela indústria calçadista é o cancelamento de pedidos, e a postergação do pagamento das compras já consolidadas. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias do Calçado de São João Batista (Sintrical), Everton Quirino dos Santos, está preocupado com a saúde dos trabalhadores, mas também com a perda dos postos de trabalho.

Muitas empresas adotaram férias coletivas e jornadas reduzidas para tentar manter os empregos, mas não veem o futuro com bons olhos, já que houve uma queda nas exportações de 8,5% no primeiro trimestre em relação a igual período do ano passado, e os embarques devem cair, pelo menos, 46,4% no segundo trimestre, conforme projeções da Abicalçados. O mercado interno também sinaliza com forte retração, e segundo as projeções, o consumo de calçado ao longo de 2020 deve ter queda superior a 20%.

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