No dia 3 de setembro, após de muitos anos de frustrantes respostas à pergunta “mãe, posso ir à Bienal?”, finalmente tive essa oportunidade graças ao meu colégio, que, inacreditavelmente, resolveu levar 150 estudantes a São Paulo para conhecer a Bienal do Livro, a Pinacoteca e outros tantos museus que compõem a cidade mais populosa do Brasil.

Talvez pelo fato de este ser o maior evento literário do Brasil e por trazer, em todas as suas edições, escritores de todos os cantos do mundo para o local onde ocorre a Bienal em São Paulo, que desta vez foi o Pavilhão do Anhembi, coloquei muitas expectativas na minha mente. Se me perguntarem o que achei do evento, direi que esperava que fosse melhor, contudo, mesmo com todos os problemas que enfrentei, amei. Com toda a certeza irei novamente numa próxima edição

Nunca vi tanta gente interessada por literatura. São 60 mil metros preenchidos com as principais editoras e distribuidoras do Brasil. Rocco, Intrínseca, Outro Planeta… São cerca de 480 marcas apresentando seus mais importantes lançamentos.

Não sei dizer bem ao certo se é um ponto positivo ou negativo, mas todas as editoras estavam LOTADAS! Para comprar um livro na Saraiva, por exemplo, devia-se encarar uma fila gigantesca para pagar. O mesmo na Submarino, que teve que limitar o número de pessoas no stand para não haver tumulto.

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O melhor da Bienal é poder ver nossos escritores favoritos. No dia em que fui, contávamos com a presença do Ziraldo, autor de O Menino Maluquinho; e do Eduardo Cilto, autor do romance Traços e booktuber do canal Perdido nos livros. É claro que a fila na editora Outro Planeta fazia curvas, mas esperar uma hora para tirar uma foto com o Eduardo, apesar de parecer loucura para uns, para mim foi simplesmente o melhor da Bienal. Não só por ter conhecido o escritor, que há muito tempo queria conhecer, mas por poder conversar com os outros leitores cativantes que também aguardavam na fila. Em menos de uma hora já viramos amigos. Adicionamos-nos nas redes sociais, conversamos sobre nossos livros favoritos e cultivamos o amor pelos mesmos ideais.

Isso tudo que me faz gostar da Bienal. Não são as filas que me farão deixar de ir. Enquanto houver um público leitor com quem eu possa me comunicar e cultivar novas amizades, a bienal continuará sendo o meu evento

preferido no Brasil.

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João Marcos D. Machado – 16 anos – Química 4, IFSC