Fumaça de chaminés e caldeiras incomoda moradores de Brusque no inverno
Fundema orienta moradores e empresas a utilizar equipamentos em horários alternativos
Fundema orienta moradores e empresas a utilizar equipamentos em horários alternativos
Durante o inverno, a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) de Brusque recebeu diversas reclamações em relação à fumaça de chaminés domésticas e caldeiras industriais. As queixas mais recorrentes dos moradores é de que os resíduos entram nas residências e sujam as roupas nos varais, em vários bairros. O fiscal da Fundema, Faues Vinícius Medeiros, conta que no início do inverno recebia em torno de duas reclamações por semana. Agora, com as temperaturas mais amenas, a frequência diminuiu.
Segundo o fiscal, devido à densidade do ar durante o período mais frio do ano, a fumaça não se dispersa, ficando sobre as casas entorno do local onde é emitida. “Geralmente o denunciante mora numa rua acima do denunciado, por isso é atingido diretamente”, explica.
Apesar dos fogões à lenha não serem proibidos, Medeiros afirma que é necessário que o proprietário faça o uso adequado do equipamento. Ou seja, evitar utilizá-lo constante, ou ao menos nos momentos em que as pessoas realizam a limpeza das casas. A Fundema ainda orienta às pessoas a não utilizarem lenhas muitos secas ou úmidas demais, que geram muita fumaça. “Muitas denúncias que recebemos são conflitos de vizinhos. Mas ainda assim, orientamos o proprietário”, diz.
O fiscal ressalta que há alguns anos precisaram interditar um fogão à lenha na casa de um morador, pois mesmo após a orientação, houve a reincidência. “Como ele não acatou nossas dicas, precisamos intervir de uma maneira mais radical”.
Empresas
Além das chaminés domésticas, o fiscal da Fundema afirma que as caldeiras industriais também geram conflitos em alguns bairros. Ele conta que quando o caldeirista evita abrir muitas vezes a porta da caldeira para colocar lenha, acaba colocando muita de uma só vez, o que gera muita fumaça. “Então, quando somos chamados, também orientamos os proprietários das empresas e funcionários”. Porém, as reclamação não são constantes.
Para as pessoas que possuem fogão à lenha, a Fundema pede que construam uma chaminé com uma altura de, pelo menos, até quatro metros, para que a fumaça possa ir o mais alto possível e não atingir residências.
Materiais tóxicos
Apesar da fumaça das chaminés e caldeiras não ser tóxica, incomodam a população, especialmente as pessoas com problemas respiratórios, crianças e idosos. A Fundema apenas alerta para a não utilização das placas de MDF.
De acordo com o Medeiros, esse material é um composto que utiliza aglutinadores, que são tóxicos. Com isso, forma uma fumaça perigosa para a saúde e ainda entope a parte interna das caldeiras e chaminés. “Durante fiscalização em uma padaria da cidade, encontramos o material em caixotes, que eram usados nos fornos. Já avisamos que não poderiam usar, pois além da fumaça tóxica, também contamina os alimentos”, explica.