Funcionários do Banco do Brasil aderem à greve
Em Brusque, alguns bancários do BB entraram no movimento, mas atendimento ao público na agência segue normal
A greve dos bancários entra hoje no quarto dia com mais adesões na região. Ontem, foi a vez dos funcionários do Banco do Brasil de São João Batista entrarem na paralisação. Já em Brusque, somente a Caixa Econômica Federal (CEF) aderiu 100% ao movimento.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Brusque, Mário Luiz Dada, alguns funcionários do Banco do Brasil do município estão paralisados, mas a agência permanece com o atendimento ao público. “Alguns funcionários do Banco do Brasil aderiram ao movimento ontem (terça-feira), e outros hoje (ontem), acredito que com o tempo, teremos mais adesões”, diz.
Para ele, a baixa adesão à greve em Brusque não diminui a força do movimento. “A adesão à greve é da consciência de cada bancário, eles são livres para decidir. O movimento está se fortalecendo agora, as nossas assembleias tem grande participação, e acredito que em breve, os outros bancos também vão participar”, afirma.
Os bancários se reúnem todas as manhãs para discutir os rumos da greve em assembleia. Porém, uma nova rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não tem data para acontecer. “Não está nada agendado, e a greve permanece por tempo indeterminado”, destaca.
Reinvindicações
A principal reivindicação é o reajuste salarial da categoria de 12,5%, negada, até o momento, pela Fenaban. O órgão, entretanto, oferece 7,35%, o que foi recusado pelo sindicato na oitava rodada de negociações, realizadas desde agosto, período em que começou a revisão salarial da categoria. “Ofereceram um índice muito baixo, apenas repondo a inflação do período. O último reajuste foi ano passado de 8% para uma inflação de 6,5%, a mesma desse ano. Tem que se levar em consideração também que o lucro dos bancos aumentou em 17,7% em relação a cada bancário”.
Além do reajuste salarial, o sindicato exige mais funcionários nas agências. “Mais bancários, menos fila. Queremos uma melhor qualidade de atendimento, sem o dano moral exigindo de cumprimento de metas e mais gente para atender. A população até fica insatisfeita com o bancário em função de não ter gente para atender. Com mais funcionários, a qualidade de atendimento melhorará”. De acordo com ele, já são mais de sete mil agências fechadas em todo o Brasil nesta primeira semana de greve.
A greve na região:
Brusque Caixa Econômica Federal (central e Santa Rita)
Banco do Brasil (alguns funcionários)
Nova Trento Banco do Brasil
São João Batista Caixa Econômica Federal
Banco do Brasil
Tijucas Banco do Brasil
Caixa Econômica Federal
Guabiruba Banco do Brasil