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Funcionários que viviam em condições sub-humanas retornam a Joinville

Trabalhadores realizavam reforma na UBS do Santa Terezinha

Funcionários da reforma da estrutura da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Santa Terezinha formalizaram, na semana passada, uma denúncia junto ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e região (Sintricomb) em relação às condições de trabalho em que se encontravam na obra.

Além de estarem com os salários atrasados há mais de 40 dias, os trabalhadores estavam alojados em um contêiner que servia, ao mesmo tempo, como depósito para os materiais de construção, dormitório e banheiro. Para dormir, possuíam um cobertor estirado no meio da estrutura, rodeado de sacos de cimento e equipamentos de uso na obra. Do outro lado, uma betoneira e um vaso sanitário.

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A construtora Forte Rocha, de Joinville, empresa vencedora da licitação para a reforma da UBS, já havia sido notificada anteriormente por conta de atrasos de salários. A diretora do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI), Andrea Volkmann, afirma que, assim que a prefeitura se inteirou da situação denunciada, foram acionadas a fiscalização, para vistoriar o local, e a empresa, para que tome previdências.

O presidente do sindicato, Izaias Otaviavo, destaca: “Verificamos que a situação deles era precária, dormindo no chão e sem alimentação”. A entidade forneceu suporte para que os homens pudessem dormir e se alimentar, além de se comprometer em intermediar o pagamento dos salários em atraso, para que eles pudessem retornar à cidade.

Na sexta-feira, 14, a empresa realizou o pagamento dos valores devidos, como havia sido combinado com o Sintricomb. De acordo com Otaviano, a entidade levou os trabalhadores até a rodoviária para que retornassem a Joinville.

A reportagem não conseguiu contato com a construtora até o fechamento desta edição. Foi tentado também contato com a Prefeitura de Brusque, mas sem retorno.

Entenda o caso
Na semana passada, dois trabalhadores alegaram não estar recebendo salário da empresa que executa a obra de reforma na estrutura da UBS do Santa Terezinha há mais de 40 dias e que não têm onde ficar. Eles estavam alojados dentro de um contêiner junto à obra e foram auxiliados pelo Sintricomb para se hospedarem até resolver a situação.

A situação foi denunciada ao Sintricomb pelos trabalhadores, que são de Joinville e trabalham para a empresa vencedora da licitação para a reforma. Além dos pagamentos atrasados, o grupo diz que o dono da empresa ordenou que desocupassem o alojamento montado ao lado do prédio.

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A Secretaria de Assistência Social e Habitação forneceu temporariamente pernoite e alimentação aos funcionários da obra. Além disso, a prefeitura notificou a empresa joinvilense por supostamente mantê-los em condições sub-humanas e sem receber os devidos vencimentos financeiros referentes à obra de reforma da UBS.

De acordo com Andrea Volkmann, diretora do DGI, a prefeitura tomou conhecimento da situação na última quarta-feira, 12, quando o serviço foi paralisado pelos trabalhadores, que procuraram o Sintricomb com o objetivo de formalizar uma denúncia.

“Inicialmente, foi oferecido pela prefeitura apoio ao grupo com local adequado para que pudessem pernoitar. Porém, eles se negaram, com receio de que o proprietário da empresa fosse até lá e levasse tudo embora, ficando ainda mais difícil de reaver os valores em atraso”, diz Otaviano, presidente do sindicato.