Rock na Praça será extinto e substituído pelo evento Pavilhão do Rock
Novo projeto da Fundação Cultural está em fase de planejamento
A Fundação Cultural de Brusque (FCB) planeja uma reformulação total do Rock na Praça. O tradicional festival se transformará no 1º Pavilhão do Rock, com o objetivo de ser mais inclusivo para as bandas da cidade e enxugar os custos. O evento será nos dias 19 e 20 de agosto deste ano.
O Rock na Praça já é um evento consolidado no calendário de eventos de Brusque. Ocorre há mais de década e já deu oportunidades para vários grupos musicais. No entanto, o coordenador da FCB, Marcos Fumagalli, diz que já vinha recebendo reclamações por causa da falta de renovação.
No esquema antigo do Rock na Praça, as bandas inscritas passavam por uma pré-seleção por parte de um comitê. Segundo Fumagalli, o que acontecia é que os conjuntos mais estruturados, com material melhor, destacavam-se e conseguiam a vaga.
Outro ponto do Rock na Praça é que ele ocorria ao ar livre. Por um lado, atraía a atenção, mas também era um risco. “Se chove, a empresa que instalou o som vai querer receber de qualquer forma”, diz Fumagalli. Além da acústica, havia o gasto com a montagem do palco para as bandas.
Reformulação
Diante dessas constatações, Fumagalli, que hoje é coordenador, mas já foi superintendente da fundação, explica que foi pensada uma reformulação do Rock na Praça. O primeiro ponto é que ele não será mais ao ar livre, mas dentro do pavilhão.
“Com isso, se chover ou não, vai ocorrer. Além disso, não vamos mais precisar montar o palco, porque já tem lá dentro”, diz o coordenador. A mudança para o pavilhão também se deve à Lei do Silêncio. Segundo o coordenador da FCB, o festival ao ar livre gera muitas reclamações, e a lei municipal proíbe.
Outra diferença é que haverá mais espaço para as bandas da cidade. Serão 20 apresentações, dez em cada dia. Não haverá uma pré-seleção das bandas, como antes. A ideia é que o Pavilhão do Rock seja mais inclusivo.
A premiação para as bandas será a realização de um DVD. O prêmio em dinheiro foi extinto. “Essa é a essência do Rock na Praça”, afirma Fumagalli.
Segundo ele, com essas mudanças, a Fundação Cultural conseguirá economizar cerca de R$ 20 mil com o evento, porque não vai mais precisar montar palco nem contratar seguranças. A Cervejaria Germânia cederá a segurança, uma vez que também venderá seus produtos durante o festival.
A FCB ainda trabalha nos detalhes do projeto. A pasta vai divulgar quando as inscrições forem abertas.