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Fundação José Walendowsky quer mudar Dia Estadual da Imigração Polonesa no Brasil

Grupo busca apoio na Assembleia Legislativa para que data seja alterada

A Fundação José Walendowsky, de Brusque, busca alterar o Dia Estadual da Imigração Polonesa no Brasil. A intenção é que ela seja comemorada no dia 25 agosto, mesma data em que o primeiro filho de imigrantes poloneses foi batizado no país.

A data já existe e é comemorada no dia 3 de maio. Ela é celebrada principalmente no Planalto Norte catarinense, onde a maior parte da população é de descendência polaca.

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Contudo, essa data diz respeito à promulgação da Constituição Polonesa. Para o presidente da fundação, João Paulo Walendowsky, faria mais sentido que o dia estadual fosse relacionado ao marco histórico local.

O Dia Municipal da Imigração Polonesa já existe em Brusque desde 2009, quando a Câmara de Vereadores o criou. Ele é celebrado em 25 de agosto. “Desde a criação da data municipal, sentimos necessidade de que seja estadual e nacional também”, declara o presidente.

Como neste ano comemora-se 150 anos da chegada dos primeiros poloneses ao Brasil, a fundação tenta que a data seja modificada para coroar as comemorações.

Walendowsky já contatou o gabinete da presidência da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) e recebeu a informação de que o presidente, deputado Júlio Garcia (PSD), levará adiante a pauta.

Data justificada
Maria do Carmo Ramos Krieger, historiadora e uma das principais pesquisadoras sobre imigração polonesa na região de Brusque, contribuiu com a fundação e escreveu a justificativa para que a data seja em 25 de agosto.

Segundo a historiadora, os imigrantes partiram da Polônia em 10 de junho de 1869. No dia 3 de julho, o bebê Estevão, filho de Maria Kowalska e Thomaz Sieniovski, nasceu no navio.

Ele foi batizado algumas semanas depois, no dia 25 de agosto, pelo padre Alberto Gattone, em Brusque.

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Esse fato é considerado um marco para a imigração polonese porque não se tem certeza de qual data os imigrantes chegaram a Brusque exatamente.

O presidente da fundação solicitou à Arquidiocese de Florianópolis o documento original de batismo de Estevão – o que, na época, tinha tanto valor quanto uma certidão de nascimento.

O original servirá para embasar o pleito na Assembleia Legislativa. Celso Deucher, o Tchê, e a professora Rosemari Glatz também foram consultados pela fundação.