Fundador do Jornal Cogumelo Atômico morre aos 64 anos, em Brusque
Almir Feller, conhecido como Zinho, lutava contra um tumor no cérebro
Almir Sebastião Feller, conhecido como Zinho, faleceu aos 64 anos de idade às 6h30 deste domingo, 29, após lutar contra um tumor no cérebro. Zinho estava internado no Hospital Azambuja.
Ele era parte do trio, junto com Luis Teixeira e Aluísio Buss, de fundadores do Jornal Cogumelo Atômico. O periódico alternativo brusquense que circulou entre os anos 1974 e 1977 via Correios em todo o Brasil.
Desde julho de 1990, Zinho trabalhava na Rádio Diplomata, onde atualmente atuava como Produtor de Áudio e Técnico Transmissor. Ele também passou por outras três emissoras: Rádio Araguaia, Rádio Cidade e Rádio Guararema.
Zinho deixa esposa, dois filhos e uma neta. O velório ocorre na Capela Mortuária Parque da Saudade e sepultamento será nesta segunda-feira, 30, às 9h, no cemitério Parque da Saudade.
O Cogumelo Atômico
Nos anos 70, um grupo de jovens hippies criou um pequeno jornal mimeografado que percorreu o Brasil inteiro pelo Correio e, através dele, movimentou toda a cena artística da cidade com exposições de artistas plásticos, poetas e músicos.
O projeto durou quatro anos e resultou em 32 edições. As 15 primeiras edições do jornal foram mimeografadas. A partir de 1975, o jornal passou a ser impresso em uma gráfica no sistema offset em Brusque.
Nas primeiras edições, foram feitas apenas 30 cópias, mais tarde, com a repercussão do projeto, o jornal passou a ter uma tiragem de 2 mil exemplares, que eram distribuídos um a um, pelos Correios, para todo o Brasil.
Além dos membros do grupo, as contribuições para o jornal não paravam de chegar, foram mais de 400 em apenas um mês. Na época, os brusquenses chegaram a receber mensagens de nomes Ziraldo, do Pasquim, o cartunista Henfil e outros nomes da cena alternativa.