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Fundema inicia projeto para monitorar qualidade da água do rio Itajaí-Mirim, em Brusque

Primeira amostra foi recolhida nesta segunda-feira, 23

A Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) de Brusque iniciou um projeto de monitoramento da qualidade do rio Itajaí-Mirim. A ação consiste em coletas periódicas da água para análise de diversos indicadores. A primeira coleta de amostra foi realizada na segunda-feira, 23, em 11 pontos, nas principais pontes e saídas de ribeirões, iniciando na localidade da Cristalina e finalizando no bairro Limoeiro.

Entre os muitos parâmetros que estão sendo analisados estão o oxigênio dissolvido (OD) na água e o pH. Conforme a Fundema, a quantidade de oxigênio presente na água em estado líquido é um fator fundamental para a sobrevivência de todos os organismos aquáticos, como peixes, plantas e invertebrados.

Já o pH da água define a disponibilidade de nutrientes e a facilidade com que metais pesados se dissolvem, o que pode ser tóxico para a vida aquática, um pH baixo pode dificultar a vida de peixes e macroinvertebrados, e reduzir a quantidade de ovos de peixe que eclodem.

O engenheiro químico Klaus Peter Schlei explica que é necessária a existência de um diagnóstico dos corpos hídricos com análises químicas e físico-químicas para aferir a qualidade da água do rio que corta a cidade. “Desta forma conseguimos evidenciar a existência de riscos devido à população”.

Elaboração de novas políticas públicas

Os resultados serão utilizados na gestão dos recursos hídricos no município, em projetos de educação ambiental e para elaboração de novas políticas públicas de saneamento básico, conservação e qualidade dos recursos hídricos dentro de Brusque.

A presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Michele Lemes, aponta que a análise desses dados auxiliará no embasamento das tomadas de decisões e ajudará a garantir para que a gestão das águas aconteça de forma sustentável, uma vez que possibilite identificar as fontes poluidoras e avaliar os impactos das atividades humanas no rio.

“Além disso, os dados coletados permitem avaliar a eficácia das políticas e práticas existentes, identificar áreas prioritárias para intervenção e desenvolver estratégias de gestão que promovam a sustentabilidade e a resiliência dos ecossistemas e comunidades dependentes do rio”, ressaltou Viviane.

De acordo com a Fundema, o projeto está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, especialmente o ODS 6 – Água Potável e Saneamento, que busca garantir a disponibilidade e gestão sustentável da água.

Entre as metas desse objetivo, destaca-se a melhoria da qualidade da água, com a redução da poluição, o tratamento adequado de águas residuais e a restauração de ecossistemas aquáticos.

Fundema/Divulgação

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