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Fundema investiga motivo de espuma no rio Itajaí-Mirim

Fato chamou a atenção de quem passou pelas avenidas Beira Rio nesta sexta-feira

Quem passou pelas duas avenidas Beira Rio, no Centro de Brusque, nesta sexta-feira, 3, à tarde, percebeu espuma no rio Itajaí-Mirim saindo de uma tubulação nas proximidades do Corpo de Bombeiros. Fotos circulam no WhatsApp e nas redes sociais.

Fiscais da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) estiveram nas proximidades do parque das Esculturas para ver se a origem era lá, mas não se confirmou. De acordo com Faues Vinícius Medeiros, um dos fiscais, acreditava-se que o material químico fosse resíduo industrial, mas a vistoria não encontrou nenhum empreendimento próximo que pudesse gerar o material.

“Por conta do volume do que acreditamos ser detergente, não parece atividade doméstica, mas resultado de atividade industrial”, afirma o fiscal. Após a vistoria, os resíduos já haviam se dissipado.

Medeiros diz que a situação foi pontual e que “é estranho para a Fundema avistar esse ciclo de material naquele ponto do rio”. Ele ressalta ainda que a não-conformidade ambiental nos corpos hídricos é de difícil investigação, devido à dificuldade de acesso e também pelo fato de o órgão não possuir o mapa da tubulação.

“Casos de descarte de efluentes no rio podem ser originários de vários pontos. Alguma tubulação da rodovia Antonio Heil, por exemplo, pode estar conectada ao local, ou proveniente do Monte Serrat. Entrevistamos pessoas quem têm comércios próximos e ninguém conhece as conexões da tubulação, ninguém relatou ter visto essa situação antes.”

 

A Fundema afirma estar a postos para continuar as investigações e vai solicitar à Secretaria de Obras o mapa da tubulação que leva ao rio. “Conhecer esse mapa seria uma pista, já saberíamos para onde ir, pois poderíamos entender por onde passam os tubos e quais são as empresas próximas à eles.”

Denúncias constantes
Medeiros explica que a Fundação tem sido “bombardeada” com denúncias envolvendo produtos químicos no rio Itajaí-Mirim, e acredita que isso se deve ao período de estiagem prolongada. “Com o nível baixo do rio, tudo o que se descarta nele fica evidente.”

O fiscal diz que a diferenciação de esgoto e de resíduos industriais é difícil, e que, em muitas situações em que se pensa ser algum produto químico, na verdade, o descarte é de resíduos domésticos.