Funerárias de Brusque monitoram situação do fornecimento de caixões no país
Associações do setor pedem para que empresas se planejem para que não faltem urnas funerárias
Associações do setor pedem para que empresas se planejem para que não faltem urnas funerárias
O agravamento da pandemia de Covid-19 no Brasil traz reflexos também para o setor funerário. Na região de Brusque, as empresas estão sendo informadas pelos fornecedores para se planejarem para que não faltem caixões.
Associações do setor funerário do Brasil divulgaram nota no sábado, 20, alertando as empresas do país sobre a possibilidade do crescimento no número de óbitos no país. O pedido é de planejamento na compra de urnas funerárias para que não falte o produto.
A nota, assinada pelos presidentes da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário e de Administradores de Planos de Assistência (Abredif) e a Associação dos Fabricantes de Urnas do Brasil (Afub), diz que o “setor precisa estar preparado para realizar nos próximos 90 dias, 500 mil atendimentos funerários”.
Segundo o documento, os fabricantes do país conseguem produzir cerca de 400 mil caixões no período.
“Teremos que usar grande parte, em alguns casos, até o limite, do nosso estoque. Todas as nossas compras precisam ser planejadas para que não sobre em uma região e falte em outra. Ninguém deve comprar além da necessidade, nem ter menos que o necessário. A palavra de ordem é planejamento”, alertam.
Na região de Brusque, as funerárias estão atentas à situação de todo o país. Os caixões comprados pelas empresas vêm de vários estados – além de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Para a Funerária Brusque, fornecedores informaram que pode chegar a acabar, mas eles ainda não tiveram problemas para realizar encomendas.
A empresa, porém, relata que os preços vêm aumentando desde o início da pandemia e que, nos últimos meses, os reajustes estão sendo ainda maiores.
Gerente comercial da Funerária Estrela, Carlos Vogt relata que as fábricas alegam falta de alguns materiais e que, por isso, os modelos estão em falta. Além disso, ele conta que o tempo até a entrega das urnas funerárias costumava ser de até 15 dias e, no momento, demora até 50.
“Não tivemos desespero e não fizemos compras muito grandes, estamos apenas pedindo um pouco mais do que o normal, porque aumentou a demanda de serviço. É o que recebemos das fábricas, para não atrapalhar os pequenos. Compras grandes atrapalham a logística de todo o país”.
Vogt acredita e torce para que a situação melhore em breve. “As mortes por Covid-19 uma hora vão começar a diminuir, é o que esperamos”.
Gustavo Zirke, sócio da Funerária Guabiruba, também relata que fornecedores já os informaram da falta de alguns materiais, como ferro e madeira, para a fabricação dos caixões.
Até por isso, ele conta que as encomendas das urnas funerárias, que antes chegavam em no máximo 30 dias, atualmente demoram às vezes mais de dois meses.
“Até o momento, conseguimos comprar todos os produtos que solicitamos, não tivemos esse problema, mas sempre atrasa a entrega. Temos um estoque, mas os fornecedores dizem que está difícil pela falta de matéria-prima”.
Receba notícias direto no celular entrando nos grupos de O Município. Clique na opção preferida: