Fungo pode levar gatos e pessoas à morte

Esporotricose é mais comum nos felinos e pode ser transmitida para humanos

Fungo pode levar gatos e pessoas à morte

Esporotricose é mais comum nos felinos e pode ser transmitida para humanos

A esporotricose é uma micose que pode afetar humanos e animais. Ela é mais comum em gatos e ocorre em épocas mais úmidas, por isso, com o inverno avizinhando-se, os tutores de pets devem redobrar a atenção.

Embora o número de casos da doença tenha se espalhado pelo país, a esporotricose ainda é pouco comum em Brusque e região. Três clínicas veterinárias informaram ter atendido poucos animais com a micose.

Na Guabivet, em Guabiruba, em média, há um caso a cada dois meses. Enquanto que na Pet Center não houve registro de esporotricose nos últimos dois meses. E na Clínica Veterinária Cãopanheiro, houve registros, em dezembro e janeiro últimos, de animais com a suspeita, mas nenhuma confirmação.


Contágio
A esporotricose é causada pelo fungo Sporothrix schenckii, que fica, principalmente, no solo. Segundo a médica veterinária Maiara Cristina Becker, da Guabivet, o fungo costuma ficar onde há matéria orgânica na terra, por exemplo, hortas e afins.

Os gatos têm o hábito de enterrar as fezes, e aí que eles acabam se contaminando. Ao cavar, os bichanos se arranham e entram em contato com o fungo. A médica veterinária Thaís Araldi, da Cãopanheiro, explica que os machos não-castrados são mais propícios a pegar a doença, justamente porque andam mais em terrenos contaminados.

Uma outra forma de contaminação é entre gatos. Em brigas, um gato doente pode arranhar o outro e transmitir a doença.

“Como os gatos são pets de companhia, são importantes disseminadores”, diz a médica veterinária Thaís. Ao arranhar o tutor, o bichano pode infectá-lo com a micose.

Thaís explica que, em humanos, a esporotricose manifesta-se em manchas na pele, nos membros e na face.


Sintomas

A médica veterinária da Pet Center, Suelen Schotten, diz que a esporotricose, embora comum, é perigosa e pode levar à morte. “O tratamento é complicado”, diz. Segundo ela, alguns animais ficam seis meses tomando antifúngico, e, às vezes, não se curam.

Para ser mais eficaz, é importante iniciar o tratamento do bichano o quanto antes.
As especialistas apontam os principais sinais para perceber se o seu gato, ou outro pet, está com esporotricose: falta de pelos; manchas na pele, principalmente na face; e lesões ulceradas que não cicatrizam.

Mas quem tem gato sabe que se trata de um bicho muito temperamental. Quando está doente, logo fica amuado, depressivo. Essa mudança de humor também pode indicar que a esporotricose já se manifestou. “Ela não é dolorida, mas o gato é peculiar quando está doente”, afirma Thaís.

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