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Furtos e roubos de carga de veículos são temidos pelas transportadoras de Brusque

Empresas de transporte investem em tecnologias de rastreamento para minimizar riscos

Roubo de carga e assaltos aos motoristas de caminhão nas estradas são perigos que assustam as transportadoras e os próprios motoristas dos veículos. Embora ainda não sejam tão comuns em Brusque e região, fatos como o roubo de carreta ocorrido em Itajaí no último dia 6, em que três homens roubaram uma carreta e fugiram pela rodovia Antônio Heil, são temidos por quem precisa trafegar pelas rodovias.

De acordo com proprietário da transportadora Brusville, Emilio César de Souza, o risco começa no momento que o caminhão sai para a viagem: “Hoje, os casos já não são somente roubo de cargas, corremos risco de assalto a cabine dos caminhões em filas e também roubo de veículos. Alguns motoristas são surpreendidos durante suas viagens por ladrões em busca de informações sobre a carga”, diz.

Cristian Carlos Vicari, gestor da unidade de Brusque da Rodonaves, afirma que os assaltos e a criminalidade nas estradas estão cada vez mais frequentes. Segundo ele, casos de roubo de carga são os mais comuns e, recentemente, estão se tornando mais frequentes na região de Santa Catarina, em especial no litoral e na BR-101.

“As quadrilhas estão se especializando. Sabem burlar os equipamentos de rastreamento, estão mais preparados, e eu acredito que conhecem a falta de efetivo da polícia. É perceptível que os criminosos estão melhorando tecnicamente, até por falta da capacidade do estado de prover segurança.”

O comandante do posto 2 da Polícia Militar Rodoviária em Gaspar, Marcelo Vieira Ramos, diz que não são frequentes os casos de furto ou roubo de carga nas rodovias da região. “O que acontece é encontrarmos veículos abandonados após o roubo, que são comuns em rotas da região, como a SC-412, SC-414 e SC-470.” Nestas situações, a PMR vai até o local e reúne informações, que são repassadas para a Polícia Militar para investigação.

O gestor da Rodonaves afirma que, na região de Brusque, a empresa não enfrentou situações de criminalidade, mas, nos grandes centros, é bastante frequente. De acordo com Vicari, locais como Rio de Janeiro, São Paulo e a região de Curitiba são “o caos” para as transportadoras, e isso começa a se refletir em Santa Catarina, onde até pouco tempo não se ouvia falar desse tipo de situação.

Souza conta que motoristas da empresa já passaram por situações envolvendo criminalidade nas estradas, e a orientação dada é de sempre manter a calma e garantir a integridade. Segundo ele, o investimento em segurança é bastante alto e está presente em todas as operações, desde o seguro de carga até os veículos e funcionários.

“Utilizamos vários tipos de rastreamento de veículos e cargas, gerenciados 24 horas por dia, tentando amenizar os riscos. Temos operações em regiões de maior risco, em que somente coletamos e entregamos as mercadorias com escolta armada”, explica.

Vicari explica que, em caso de assalto e ameaça, os motoristas da empresa são orientados a entregar a carga. “Eles têm todas as coberturas de seguro: de carga, da frota e também há o gerenciamento de risco”, diz. Com o rastreamento, é possível localizar a carga em até 15 minutos. “Isso não inibe o furto ou roubo, mas impede que ele seja finalizado. Essa tecnologia nos ajuda muito e, com o auxílio da polícia, é possível frustrar a efetivação do roubo da carga”, acrescenta.