Um sonho de uma pequena pista para seu monomotor se tornou um aeródromo comercial, com projeção de se tornar um moderno e amplo aeroporto privado.
O fundador e proprietário deste sonho, Amilton Reis, avalia o momento como fundamental na história do empreendimento, sob intenso trabalho e dedicação.
No início de novembro, o empresário esteve presente na Aviatrade, feira de aviação em São Paulo, na qual fez a prospecção de diversos negócios que devem integrar o planejamento dos próximos anos. Até mesmo uma linha aérea comercial está sendo estudada.
Em entrevista, Amilton Reis relata sobre o crescimento do empreendimento, explica as atividades atuais e vislumbra tanto os planos em execução quanto os objetivos para o futuro.
OM – Qual o objetivo do empreendimento?
Atender os amantes da aviação recreativa e os profissionais que precisam de aeronaves para o trabalho. O aeródromo encurta distâncias, aproxima pessoas e transporta riquezas. Além disso, tem função de gerar empregos de boa qualidade e atrair jovens à atividade aeronáutica.
OM – Há funções e disponiabilidade de cunho social?
O aeródromo é considerado um empreendimento de interesse público por lei municipal. Está apto para ser um instrumento importante para o atendimento de diversas emergências que possam assolar o município e a região, e também para o transporte de pessoas feridas ou doentes que precisem de atendimento especializado e rápido, que às vezes só é encontrado nos grandes centros.
Exemplo é que temos recebido, várias vezes, aeronaves do Estado de Santa Catarina, que são UTIs móveis, transportando pessoas a hospitais.
OM – Qualquer pessoa pode conhecer a Fazenda Aero Amil?
Por padrão, o portão de acesso está sempre fechado. Contudo, os admiradores da aviação e quem quer observar o complexo sempre podem entrar em contato conosco. Ver de perto os hangares, as oficinas de aviões e helicópteros, os pousos e decolagens.
Teremos muito prazer em compartilhar momentos, contemplar a beleza, a harmonia, a praticidade e a qualidade de vida. Temos também o “quintal da fazenda”, com pomar, lago, galpão e rancho rústico, museu, capela e mais.
OM – Como está sua motivação para os trabalhos do aeroporto?
Acreditamos no futuro, no Brasil e no crescimento da aviação, tanto desportiva quanto profissional. Neste ano, estamos fazendo jus ao nome, trabalhando a mil. Em meio a turbulências e bombardeios, apenas me dediquei ainda mais, com todas as forças para a expansão do empreendimento, tanto na parte física quanto na administrativa, rumo a uma notável transformação. Os resultados já são visíveis, com organização, limpeza, requinte, qualidade e crescimento.
OM – Do que se trata a expansão da pista de pouso? Qual a previsão de conclusão das obras?
Temos uma pista de 900m que passará a ser de 1.330m de comprimento. Uma pista dupla com indicação de pouso na cabeceira 33 e, de pouso, na cabeceira 15.
Será uma pista diferenciada, moderna, sendo ascendente para a cabeceira 15, com inclinação aceitável para aviação. A pista passará por correção de ondulações e total revitalização, com balizamento noturno e indicador de precisão da trajetória de aproximação.
Desta forma, estaremos preparados para receber aeronaves de maior performance, como por exemplo, da aviação executiva. A intenção é finalizar as obras até o fim de 2024. Será um bom motivo para brindar a reinauguração do aeroporto, talvez com a conclusão da pavimentação da Estrada Geral da Fazenda por parte da Prefeitura de Brusque.
OM – Por fim, quais suas visões para este empreendimento?
• Ser uma referência entre aeroportos privados;
• Ter uma excelente pista de pouso e decolagem;
• Fazer a aviação crescer em Brusque e região;
Como já disse Santos Dumont, “voar é preciso”. Por isso, estamos expandindo para receber um público para o qual voar será algo cada vez mais necessário e indispensável.