Prefeitura aguarda decisão de proprietário do antigo Casarão Schaefer sobre obras no prédio que desabou

Construção permanece interditada até que saia definição do que deverá acontecer com prédio

Prefeitura aguarda decisão de proprietário do antigo Casarão Schaefer sobre obras no prédio que desabou

Construção permanece interditada até que saia definição do que deverá acontecer com prédio

O futuro do antigo Casarão Schaefer, que desabou durante uma reforma, no dia 6 deste mês, está indefinido. O prédio localizado na rua Conselheiro Rui Barbosa, no Centro de Brusque, permanece interditado. Entretanto, na última semana, quem passou pelo local, encontrou trabalhadores na obra. Eles finalizaram as solicitações da Defesa Civil para garantir a limpeza do espaço e um nível de segurança estrutural. Com o trabalho concluído, a obra voltou a ser paralisada.

O Instituto Brusquense de Planejamento (Ibplan) solicitou uma reunião extraordinária do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico Natural e Artístico Cultural (Comupa) e, na sexta-feira, 16, foi discutido a quem caberia manter a edificação classificada como Patrimônio Cultural após o acidente. Dependendo da decisão, fica mantido ou não o benefício aprovado junto ao Conselho Municipal da Cidade (ConCidade) para isenção das vagas de estacionamento obrigatórias, como exige o Código de Obras do Município. Isto porque a exigência inviabilizava a aprovação do projeto, pois a edificação histórica ocupava praticamente todo o espaço do terreno.

Durante a reunião, ficou definido que será solicitado ao proprietário que apresente um projeto com especificações e propostas de uma reabilitação da edificação como patrimônio, ou seja, mantendo características históricas. Assim que o conselho receber o projeto, será emitida uma análise da proposta. Só após essa etapa é que será definido se há possibilidade da edificação ainda ser considerada um patrimônio cultural ou não.

Segundo a diretora-presidente do Ibplan, Carolina Meireles, enquanto aguardam pelo projeto, as ruínas da construção deverão permanecer no local nas condições deixadas, dentro da margem de segurança acordada entre os órgãos competentes. “No mesmo dia da reunião, a construtora responsável pelos serviços encaminhou ao Ibplan, ao Comupa e ao ConCidade, um documento escrito informando sobre uma proposta de reconstrução para a edificação, tratando das intenções gerais do possível projeto”, explica. Porém, o documento não pode ser discutido pelo Comupa durante a reunião, mas a construtora foi informada das deliberações do Conselho.

O engenheiro civil e proprietário da Dimensional Engenharia, Gilmar Appel, que está à frente da obra, explica que ainda não recebeu a solicitação do projeto, e a empresa está aguardando um parecer do conselho. Ele ressalta ainda que há o interesse do proprietário em reconstruir a estrutura para que permaneça como patrimônio cultural.

Carolina acrescenta que até o momento não tiveram acesso ao parecer conclusivo do Instituto Geral de Perícias (IGP), que revelará as causas do acidente.

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