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Futuro dos partidos atingidos pela cláusula de barreira é incerto em Brusque

Quatro siglas com atuação no município estão entre os barrados pela regra

Quatro meses depois das eleições, poucos partidos sabem como será o seu futuro após serem atingidos pela cláusula de barreira. Os diretórios de Brusque têm pouca informação e, em alguns casos, nada lhes foi repassado pelas executivas nacional e estadual.

A cláusula de barreira impôs um mínimo de votos ou deputados federais eleitos para que os partidos continuem a ter verba do fundo partidário e direito a tempo de TV e rádio.

Dentre os partidos de Brusque, PCdoB, PRP, Patriota e DC foram atingidos por essa regra. O PTC também foi atingido, mas deixou de ter diretório formal no município desde então.

O único caso resolvido é o do PRP, que tem dois vereadores em Brusque: Paulo Sestrem e Cleiton Bittelbrunn. O partido anunciou em dezembro a sua fusão em âmbito nacional com o Patriota. A nova legenda ficou com o nome Patriota e o número 51, processo que está em fase de finalização no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Sestrem diz que analisará a situação para depois decidir se sairá da legenda. “A princípio, eu fico”, declara.

Do Patriota, o vereador Marcos Deichmann esteve em reunião nesta segunda-feira, 25, e terá outra para tratar do assunto. Ele adianta: “não pretendo continuar no partido”.

Se a saída de Deichmann se confirmar, o Patriota, que hoje tem três vereadores – ele, Sestrem e Bittelbrunn – terá dois. Mas não existe nada de concreto por enquanto.

O presidente do diretório municipal do PCdoB, Sidnei Pavesi, afirma que a tendência mais forte é que a sigla se funda com outra. Em vários estados, como Rio Grande do Sul e Ceará, a fusão já foi aprovada a incorporação do Partido Pátria Livre (PPL).

O PPL de Brusque já teve candidato a deputado estadual em 2014: Durval Pereira, que não se elegeu.

O Democracia Cristã (DC) descarta fusão com outro partido. O seu presidente nacional, José Maria Eymael, afirma que manterá a sigla ativa, mesmo sem fundo partidário e horário de propaganda.

”A cláusula de barreira sempre existiu. Quando refundamos a Democracia Cristã, em 1995, não tínhamos Fundo Partidário, nem tempo de televisão e rádio, que hoje é dado para quem faz uma simples lista de assinaturas, pedindo uma sigla”, diz Eymael, que já concorreu algumas vezes à presidência da República.