Gaeco cumpre mandados contra facção criminosa em Balneário Camboriú
Mandados de prisão e busca e apreensão foram feitos em apoio à operação Plata
Mandados de prisão e busca e apreensão foram feitos em apoio à operação Plata
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu mandados de prisão contra uma facção criminosa nesta terça-feira, 14, em Balneário Camboriú. Ação foi feita em apoio à operação Plata do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN).
A suspeita é de que o grupo criminoso tenha lavado mais de R$ 23 milhões com a compra de imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até com o uso de igrejas.
A operação Plata cumpriu sete mandados de prisão e outros 43 de busca e apreensão nos Estados do Rio Grande do Norte, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba, e ainda no Distrito Federal.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades potiguares de Natal, Jardim de Piranhas, Parnamirim, Caicó, Assu e Messias Targino. Houve ainda cumprimento de mandados nas cidades paulistas de São Paulo, Araçatuba, Itu, Sorocaba, Tremembé, Votorantim e Araçoiaba da Serra; em Brasília (DF,) Fortaleza (CE), Balneário Camboriú (SC), Picuí (PB), Espinosa (MG) e em Serra do Ramalho e Urandi, ambas na Bahia.
A ação teve o apoio da Polícia Militar potiguar e dos Ministérios Públicos de cada Estado onde houve cumprimento de mandados e, ainda, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Ao todo, participaram nacionalmente do cumprimento dos mandados 48 promotores de Justiça, 56 servidores e ainda 248 policiais.
As investigações que culminaram na deflagração da operação Plata foram iniciadas em 2019, com o objetivo de apurar o tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, além do crime de lavagem de dinheiro. O esquema de lavagem de dinheiro, de acordo com as investigações do MPRN, já perdura por mais de duas décadas.
Além dos mandados de prisão e de busca e apreensão, a pedido do MPRN, houve a retenção de passaporte de um dos investigados e oito pessoas passarão a ter monitoramento eletrônico por meio de tornozeleira.
A Justiça determinou o bloqueio e indisponibilidade de bens até o limite de R$ 23.417.243,37, relacionados a 28 contas bancárias dos suspeitos. O dinheiro do grupo é proveniente do tráfico de drogas. O lucro do comércio ilegal era lavado com a compra de imóveis, fazendas, automóveis.
A pedido do MPRN, além do bloqueio de contas bancárias, a Justiça também determinou o bloqueio de bens e imóveis, a indisponibilidade de veículos e a proibição da venda de rebanhos bovinos. Todo o material apreendido será analisado pelo MPRN para apurar se há envolvimento de outras pessoas nos crimes.
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