Gangorra eleitoral: confira a evolução dos votos de Ciro Roza e Paulo Eccel em Brusque
Em 2020, ex-prefeitos tiveram desempenho bem abaixo do que o registrado nos pleitos anteriores
Em 2020, ex-prefeitos tiveram desempenho bem abaixo do que o registrado nos pleitos anteriores
Com o pleito de 2020, os ex-prefeitos Ciro Roza (Podemos) e Paulo Eccel (PT) já disputaram sete e cinco eleições municipais, respectivamente. Ao longo dos anos, o número de votos conquistados por eles costuma crescer em comparação com o pleito anterior.
Entretanto, em 2020, não foi isso que aconteceu. Neste ano, Eccel conquistou 12.324 votos (19,42%), enquanto que Ciro teve 12.240 (19,28%). Este número é bem menor do que os votos que eles fizeram na eleição de 2012, último pleito municipal que disputaram antes de 2020.
Em 2012, Paulo Eccel foi reeleito com 35.998 votos, ou seja, 23.674 votos a mais do que os recebidos neste ano. Uma redução de 65,7% entre um pleito e outro.
Já Ciro Roza teve 27.535 votos em 2012 – 15.295 votos a mais do que em 2020, o que corresponde a uma redução de 55,5%. É importante lembrar que os votos de Ciro Roza em 2012 foram anulados após ele ter sua candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) devido à condenação por improbidade administrativa na época que foi prefeito.
Na gangorra eleitoral de Ciro Roza e Paulo Eccel, deve-se levar em consideração as abstenções. Em 2020, por exemplo, 18.363 eleitores não foram às urnas, provocando uma abstenção de 20,95%, a maior da história de Brusque. Com isso, o índice de votos dos ex-prefeitos é puxado para baixo.
A primeira eleição disputada por Ciro Roza para prefeito de Brusque foi em 1988. Na ocasião, ele foi eleito com 10.547 votos.
Em 1996, concorreu a prefeito pela segunda vez e obteve 17.373 votos. Um aumento de 64,7% em relação a sua primeira disputa municipal. Mesmo assim, não foi suficiente para se eleger.
Roza foi eleito prefeito novamente em 2000, com 23.098 votos, um crescimento de 32% em relação a 1996, e de 119% em comparação com 1988.
Em 2004, foi reeleito com 31.552 votos, um aumento de 36,6% em relação ao pleito anterior. Este foi o ápice de votos do ex-prefeito em Brusque.
A partir de 2012, o número de votos de Ciro Roza começa a diminuir. Naquele ano, 27.764 eleitores o queriam como prefeito. Uma redução de 12% em relação a 2004. Já em 2020, o ex-prefeito recebeu apenas 12.240 votos, 61,2% a menos do que em 2004, quando viveu seu auge nas urnas.
Paulo Eccel, por sua vez, disputou a primeira eleição para prefeito em 2000. Na época, fez 16.307 votos.
Em 2004, ele tentou chegar à prefeitura mais uma vez. Entretanto, fez apenas 6.593 votos, uma redução de 59,5% em relação a sua primeira eleição majoritária.
Em 2008, porém, os números mudaram. Eccel foi eleito com 33.498 votos, um crescimento de 408% em relação ao pleito anterior.
Nas eleições seguintes, em 2012, ele ainda conseguiu aumentar seu eleitorado em 7,46%. Foi eleito naquele ano com 35.998 votos. O seu auge nas urnas.
Levando em consideração as eleições que Ciro Roza e Paulo Eccel disputaram para deputado estadual, eles também perderam votos na cidade.
Ciro concorreu em 1994, 1998 e 2010. Em 1994, fez 15.229 votos em Brusque. Em 1998, cresceu e conquistou 19.948 eleitores na cidade. Porém, em 2010, reduziu seu número de votos para 16.558.
Paulo Eccel disputou uma vaga na Assembleia Legislativa também por três vezes: 2002, 2006 e 2018. Em 2002 fez 18.656 votos em Brusque. Depois, em 2006, seus votos na cidade reduziram para 9.806 e, em 2018, caíram para 7.425.