Gestante de Brusque foi abordada por assassina de grávida de Canelinha
Uma grávida de Tijucas também foi abordada pela acusada
Uma grávida moradora de Brusque foi abordada pela assassina de Flávia Godinho Mafra, gestante de Canelinha que teve o bebê retirado do ventre em 27 de agosto.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Paulo Alexandre Freyesleben e Silva, a acusada manteve contato com a gestante de Brusque a partir do mês de maio até o dia do crime.
No depoimento realizado na quarta-feira, 2, a grávida relata que estudou com a assassina na infância. Porém, desde os oito anos de idade não tinha mais contato com ela.
A assassina entrou em contato com ela pois soube que estava grávida. Ela fez diversas perguntas relacionadas à gestação. A acusada perguntou se já sabia o sexo do bebê e sobre o pré-natal.
A gestante relatou também que a falsa grávida mandou fotos da bebê roubada como se fosse filha dela no hospital, no dia do crime.
“A grávida nos procurou, mas ficou nítido que ela ficou em estado de choque. Pelo teor das conversas ela poderia ter sido vítima desse crime,” ressalta Silva.
Grávida de Tijucas
Uma grávida moradora de Tijucas também foi abordada pela assassina. Segundo depoimento dado na última terça-feira, 1º, a acusada procurou a gestante na metade de julho e manteve a mesma conversa que teve com a grávida de Brusque.
Segundo o delegado, a gestante de Tijucas não conhecia a assassina, e relatou que quando ela começou a importunar mais, a mulher bloqueou a criminosa.
Silva destaca que há o conhecimento de que outras gestantes foram procuradas pela assassina, mas não entraram em contato com a Polícia até a publicação desta matéria.
Os celulares dos acusados estão em posse da perícia, que deve identificar as gestantes que foram abordadas. “Caso comprovado, elas serão intimadas para comprovar se receberam mensagens do perfil da investigada”, completa.
Reclamações da gestante
Segundo depoimento de uma amiga de Flávia, a gestante teria se queixado da insistência de proximidade da falsa grávida. Segundo a amiga, a vítima por educação respondia para evitar um confronto.
A assassina alegava que ela e a vítima eram amigas próximas. Novos relatos de pessoas próximas à vítima desmentem essa relação, e informam que elas apenas eram conhecidas.
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Desdobramentos do caso
O delegado informou que nesta sexta-feira, 4, foram encaminhados dados da investigação para a 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Tijucas.
A Polícia aguarda a extração dos dados dos telefones dos envolvidos no crime, que possam comprovar a participação ou não do marido da acusada.
Pessoas que tiveram contato com a autora e realmente acreditavam que a assassina teria dado à luz dentro do automóvel. Elas relataram que a criança estava no banco de trás do veículo e a falsa grávida estava com muito sangue.
O vestido usado no dia, que estava sendo procurado pela polícia, foi localizado e enviado para o Instituto Geral de Perícias (IGP) para confrontar manchas de sangue com o DNA da vítima.