Glória Zen: muito bom humor e quase 46 anos de dedicação ao jornal O Município
Ela acompanhou todas as transformações do jornal nas últimas quatro décadas
Sua história com O Município começou quando ela tinha 18 anos, no dia 3 de novembro de 1975. Glória foi convidada pelo então proprietário do jornal, Jaime Mendes, para fazer parte da equipe após ele ter apadrinhado sua candidatura à rainha da Buettner, empresa na qual trabalhava como costureira.
Glória aceitou o convite. Na época, o jornal era semanal e tipográfico. Ela foi contratada como auxiliar de escritório, para revisão de textos e também ajudava a dobrar e encartar os jornais que saíam impressos da máquina. “Depois desse processo, eu colava manualmente as etiquetas para separar os setores nas empresas. Naquela época o jornal era entregue nas casas de bicicleta e nas empresas usávamos o carro do proprietário”, conta.
Eu estava trabalhando quando comecei a sentir as dores do parto. Do jornal fui direto para o hospital
Glória acompanhou todas as mudanças e a evolução do jornal ao longo das mais de quatro décadas de trabalho. Mas o jornal também viu de perto as mudanças na vida da funcionária, que começava a construir sua família.
Foi trabalhando em O Município que Glória casou e se tornou mãe. Os dois filhos, Elaine e Rafael, foram criados dentro do universo do jornal. Inclusive Elaine, sua primeira filha, deu sinais de que estava pronta para vir ao mundo dentro do jornal.
“Eu estava trabalhando quando comecei a sentir as dores do parto. Do jornal fui direto para o hospital. Nunca vou esquecer. Meus dois filhos foram criados aqui dentro”, diz.
1001 utilidades
Ao longo de sua trajetória, Glória já fez de tudo no jornal. Foi secretária, telefonista, revisora e há pouco mais de 20 anos se estabeleceu na área de vendas.
“No começo o jornal não tinha setores, então fazia o que precisava. Sempre gostei muito de trabalhar no jornal, e por isso me adaptei bem em todas as funções. Gosto muito de aprender coisas novas e com o conhecimento que fui obtendo construí muitos relacionamentos”.
Quando foi convidada pelo atual diretor do jornal, Claudio Schlindwein, para integrar a equipe de vendas, Glória aceitou o desafio. “Sempre tive muita desenvoltura, então o Cláudio me chamou e disse que eu faria parte do setor comercial. Nesse momento me assustei um pouco, mas deu muito certo”.
Testemunha da evolução
Glória acompanhou as principais mudanças do jornal. De semanário para diário. De preto e branco para colorido. A inclusão do digital e das redes sociais. Ao longo desses quase 46 anos, a forma de trabalho evoluiu muito e Glória nunca ficou para trás.
“Cada dia é um novo aprendizado. Vivi todas as transformações que o jornal passou. A cada ano me sinto mais preparada, motivada, recompensada e muito orgulhosa de participar de toda essa evolução e contribuir para o crescimento da empresa”, destaca.
Além de todas as mudanças do jornal, ela também acompanhou muitos acontecimentos marcantes em Brusque, como as enchentes, a queda da ponte estaiada, inaugurações de grandes obras, eleições…
Que venha os 50
Glória completará 46 anos de jornal em novembro. E não pensa em parar tão cedo. “Não me vejo em casa. A gente passa mais tempo da vida na empresa do que com a família e está tão acostumada. Acho que não iria me adaptar. Hoje com os filhos encaminhados, tenho mais tempo para me dedicar ainda mais ao trabalho”.
No ano passado, devido à pandemia da Covid-19, Glória trabalhou durante alguns meses em home office e sentiu falta da rotina no jornal. Neste ano, ela também precisou ficar alguns dias fora para se recuperar da doença, mas não via a hora de voltar, assim como os colegas, que sentiram falta de suas gargalhadas.
Cada dia é um novo aprendizado. Vivi todas as transformações que o jornal passou
“Não vejo o trabalho como um peso. Penso que a gente faz do dia aquilo que a gente quiser. Se começa bem, vai bem. É com esse pensamento que venho trabalhar”.
Glória destaca o respeito com que é tratada e também o reconhecimento que recebe diariamente. “O jornal é minha família. Temos um ambiente muito bom, a equipe tem uma amizade grande. Me sinto muito respeitada e tenho meu trabalho reconhecido. Sou muito feliz aqui”.
A funcionária mais antiga do jornal O Município espera inspirar aqueles que estão só começando. “Amem aquilo que escolheram fazer e se dediquem, só assim vem o reconhecimento. Ninguém é feliz sem ter amor por aquilo que faz, por um ambiente de trabalho saudável, amar e ajudar os colegas de trabalho. Assim sentimos prazer de levantar todos os dias ao longo de tantos anos”.