Golpe aplicado em brusquenses levanta discussão sobre a compra de pacotes pela internet
Procon orienta usuários a pesquisarem a origem da empresa antes de fecharem contrato
Procon orienta usuários a pesquisarem a origem da empresa antes de fecharem contrato
O caso das duas meninas de Brusque que registraram reclamação junto ao Procon e boletim de ocorrência por suspeita de terem sido vítimas de um golpe relacionado à compra de um pacote para a Jornada Mundial da Juventude por meio da internet levantou discussão sobre a segurança das aquisições de viagens por meio de sites.
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Conforme matéria publicada na edição de ontem do jornal Município Dia a Dia, as meninas compraram pacotes no valor de R$ 10 mil no site da empresa Nômade Turismo, de São Paulo. Porém, até a última sexta-feira, 22, elas ainda não haviam recebido as passagens para o evento, que começa hoje na cidade de Cracóvia, na Polônia.
De janeiro a julho, cerca de 20 reclamações já haviam sido computadas contra a Nômade Turismo no Procon de São Paulo, segundo o diretor administrativo do Procon de Brusque, Anderson Merlo. As reclamações, afirma Merlo, são as mesmas das meninas de Brusque: os usuários adquiriram os pacotes, mas não receberam as passagens.
Em relação à compra de pacotes de viagem pela internet, neste ano em Brusque, a reclamação contra a Nômade Turismo foi a primeira registrada pelo Procon. As últimas reclamações haviam ocorrido entre novembro e dezembro do ano passado. Naquele período, oito moradores do município prestaram queixa contra uma agência de viagem de São Paulo.
“Os oito casos foram os mesmos. Todos fraude. Eram pacotes de viagem de promoções para o fim do ano. Quando o pessoal veio reclamar aqui, tentamos localizar a empresa, mas não tivemos êxito, então eles tiveram que acionar o judiciário”, explica Merlo.
Dicas
Antes de adquirir pacotes de viagens ou passagens por meio da internet, o diretor administrativo do Procon orienta os usuários a pesquisarem a origem da empresa, seja através da própria internet (em sites como o Reclame Aqui) ou através do próprio Procon, que tem um sistema integrado em todo o país.
“A gente recebe bastante e-mail de pessoas perguntando se determinado site é seguro. Então a gente busca no nosso sistema para ver se há reclamações e informamos eles”, explica Merlo. “Outro ponto importante de se ver é quando adquirir esses pacotes prestar atenção na forma de pagamento, ver se tem parcelamento em cartão de crédito. Se tiver apenas em boleto já dá para desconfiar”, completa.
Dúvidas nas agências
Além do Procon, alguns usuários também recorrem às agências de turismo quando precisam tirar dúvidas. De acordo com o proprietário da Brucatur, Rubens Kormann, é comum os usuários procurarem a agência para, até mesmo, auxílio na troca de data de passagens adquiridas na internet.
“Muitas pessoas vêm até aqui pedindo socorro porque tem que trocar a data ou o horário de alguma passagem que compraram pela internet”, afirma. “Então mesmo que exista a concorrência com os sites, nós temos essa vantagem de resolver essas questões”, completa.