Golpe: furtos de cães se tornam motivo de preocupação em Brusque
Veterinários, associações e donos de cães relatam histórias de golpes e animais que foram levados de residências
Furtos de cães e golpes contra empresas do ramo de animais domésticos se tornaram mais comuns e frequentes nos últimos dias em Brusque, conforme denúncias repassadas à Associação Brusquense de Proteção aos Animais (Acapra). Veterinários do município e donos de cães identificaram suspeitos e alertam a população para que não entreguem seus animais a quem se oferecer voluntariamente para passear com eles ou levá-los para qualquer tipo de procedimento estético ou de saúde. Em julho, mesma situação ocorria com frequência em Guabiruba, onde não têm sido registrados casos recentes.
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Há diversas suspeitas sobre um adolescente que aparenta ter 15 anos e sua mãe serem os responsáveis pelos furtos e golpes, mas não há nenhuma confirmação ou prova legal. A pessoa que furta os cachorros vai às residências e oferece algum tipo de serviço, como passeio, banho, ou tosa. No entanto, os animais não são devolvidos. As suspeitas de alguns leitores de O Município são de que eles são vendidos e, quando não, são maltratados e até abatidos.
A Clínica Veterinária Cãopanheiro, localizada na avenida Otto Renaux, bairro São Luiz, chegou a emitir um comunicado urgente no qual esclarece que seus serviços de banho e tosa são ofertados apenas via Whatsapp, telefone ou presencialmente na loja. Além disso, aconselha ainda que as pessoas não entreguem os animais “a um jovem de aproximadamente 15 anos que ofereça nossos serviços, pois não sabemos o destino dado a eles”, e ressalta que casos semelhantes ocorreram também em Guabiruba.
Janara Martins, moradora do bairro Santa Rita, relata que um rapaz de 15 anos foi até sua casa e insistiu para que o portão fosse aberto para levar seu cão da raça Shitzu, com o pretexto de que gostaria de comprar um igual. Desde então, o animal tem ficado trancado dentro de casa, para evitar algum furto no quintal. “A Acapra já sabe da situação e vamos registrar um boletim de ocorrência.”
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A presidente da Acapra, Lilian Dressel, tem conhecimento de outros casos. “O responsável vai nas casas se oferecendo para ajudar. Em uma clínica veterinária, com um cão que não era dele, pediu para que fosse feita uma profilaxia nos dentes do animal, um procedimento caro. A veterinária fez normalmente porque já o havia visto com a dona legítima do cão no dia anterior. Quando ela foi cobrar pelo serviço, a dona disse que nunca tinha pedido pelo procedimento”, relata.
Não se sabe ao certo quantos animais já foram capturados. A tesoureira da Acapra, Nicolie Fischer, conta que os casos em Brusque começaram há duas semanas, coincidindo com a diminuição de ocorrências em Guabiruba. “Houve um outro caso, também no bairro Santa Rita, no qual o cão conseguiu retornar para casa.”