Golpes: polícia registra mais de 950 casos de estelionato na região de Brusque em 2021

Somente Brusque registrou 855 casos entre janeiro e julho

Golpes: polícia registra mais de 950 casos de estelionato na região de Brusque em 2021

Somente Brusque registrou 855 casos entre janeiro e julho

A região de Brusque registrou 958 casos de estelionato entre janeiro e julho deste ano, segundo a Polícia Civil. Deste total, Brusque registrou 855 casos; em Guabiruba foram 88 casos; e em Botuverá foram 15.

Ainda neste ano, na região do Vale do Itajaí ocorreram 589,3 estelionatos para cada 100 mil habitantes entre janeiro e julho. A região é a segunda com maior taxa, atrás apenas da Grande Florianópolis, que registra taxa de 842,5.

Segundo a Diretoria de Inteligência e Estatística (Dini) da Secretaria de Segurança Pública, os golpes mais recorrentes em Santa Catarina são clonagem do WhatsApp, anúncio de compra e venda de veículos, duplicação de perfil de WhatsApp, compras pela internet de maneira geral, falso empréstimo, clonagem de cartão e anúncio de imóveis.

Já em Brusque, o delegado Vitor Gustavo Alves Machado destaca que os golpes mais comuns são o do intermediador de vendas; do WhatsApp clonado, quando o golpista se passa por amigo ou parente para pedir dinheiro; e do cartão, quando a pessoa se passa por funcionário de instituição financeira para obter os dados pessoais e/ou cartão da vítima.

Golpe do intermediador

O delegado detalha que no golpe do intermediador, um dos mais frequentes em Brusque, o golpista pega o telefone de alguém em um site de vendas. Ele diz que se interessou pelo bem, normalmente um veículo, e pede para que o anúncio seja removido da plataforma. Então, o criminoso cria um anúncio com as fotos do bem da vítima e um preço chamativo.

Ao vendedor, o estelionatário diz que vai comprar o veículo para pagar uma dívida com outra pessoa. Então, pede discrição no momento da transação do bem. Já ao comprador, ele também pede silêncio, prometendo um desconto. Portanto, ele se apresenta como intermediador da venda.

Em seguida, quando o comprador for verificar o carro, ele vai ao vendedor verdadeiro, que mostra o veículo. Neste momento, o criminoso sugere que o interessado na compra não fale sobre o pagamento, nem da existência de um intermediário na transação.

Depois disso, na hora de fechar a venda, o golpista faz com que o comprador transfira o dinheiro para uma conta ligada a ele e não ao verdadeiro dono do carro. Após receber o valor, o criminoso combina de assinar o recibo em cartório com ambas as vítimas. Neste momento, elas descobrem que caíram em um golpe.

Luiz Antonello

Estelionato em alta no estado

Em toda Santa Catarina, este tipo de crime cresceu durante o período de isolamento social por causa da pandemia. De acordo com dados da Polícia Civil, o crime apresentava média de 12 mil casos por ano no estado em 2010. Porém, em 2020, o número saltou para 48.274,

Só em relação ao ano passado o aumento foi de 85%, levando em conta que em 2019 o registro total foi de 23.490 casos.

Neste ano, até julho, foram 37.413 casos no estado. No mesmo período de 2020, por exemplo, tinham sido contabilizados 23.490 casos. Em 2019, até julho, 13.995. Portanto, a previsão é de que, até o final deste ano, o número seja ainda maior.

De acordo com a Gerência de Estatística e Análise Criminal, a clonagem de WhatsApp é o principal tipo estelionatos no estado, sendo que representa 17,69% dos casos. Em seguida, vem o golpe do anúncio de veículo, com 13,27% dos casos e, depois, vem a duplicação de WhatsApp, com 12,13%.

Informação como prevenção

Segundo o governo estadual, os dados de estelionato são analisados todas as semanas pelo Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial de Santa Catarina. Para esse crime, segundo pesquisa da Dini, 97% deles não teriam ocorrido se a vítima tivesse algum conhecimento sobre os golpes.

Para tentar diminuir os números, o governo estadual lançou a campanha “Desconfie sempre, não caia em golpes”. Nela, são mostradas as maneiras usadas pelos criminosos para enganar as vítimas. Junto ao material, a população tem acesso à cartilha informativa da Polícia Civil.

Neste sentido, a Polícia Civil de Santa Catarina produziu o “Proteja-se de golpes”, conteúdo informativo completo como prevenção. O material elenca 17 tipos de golpes praticados no estado e no país e está disponível no site da Instituição www.pc.sc.gov.br e redes sociais.


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