Governadores eleitos acenam com possibilidade de aumento de impostos em 2019
Carga tributária Alguns dos governadores eleitos acenam com a possibilidade de aumentar os impostos sobre telecomunicações (telefone, internet e TV por assinatura), energia e combustíveis, assim que assumirem. É que vão herdar dívidas imensas e precisam cumprir o que prometeram nas suas campanhas. Esse avanço sobre o bolso do contribuinte já perfaz 38,3% da receita […]
Carga tributária
Alguns dos governadores eleitos acenam com a possibilidade de aumentar os impostos sobre telecomunicações (telefone, internet e TV por assinatura), energia e combustíveis, assim que assumirem. É que vão herdar dívidas imensas e precisam cumprir o que prometeram nas suas campanhas. Esse avanço sobre o bolso do contribuinte já perfaz 38,3% da receita do governo catarinense, por exemplo. O achaque é mais ousado em Tocantins (52,5%) e o mais suave em Rondônia, 9%. Em tempo: o governador eleito Carlos Moisés garante que não haverá aumento de impostos em SC. Faria melhor se dissesse “impostos e taxas”. A conferir.
Sem regionalismos
Nos anúncios de ontem, o governador eleito Carlos Moisés inovou também em um aspecto muito importante: pela primeira vez na história recente da política e da administração pública estadual não há, pelo menos até agora, nomes identificados ou que representam esta ou aquela região do estado, que sempre foi motivo de muita briga e, quase sempre, fator gerador do famoso balcão de negócios para acomodar cargos. Está se priorizando o técnico ao político, por enquanto. Se a estratégia funcionar é o começo de uma nova forma de administrar o estado.
Lá e cá
O Ministério do presidente eleito Jair Bolsonaro tem 80% de novatos na política. Dos 20 indicados até agora para o primeiro escalão, 16 nunca foram sequer secretários estaduais ou municipais – e 15, entre os 20, jamais ocuparam cargos no Legislativo. Qualquer comparação com o secretariado de Carlos Moisés em SC é mais que coincidência. O argumento, até que convincente, é que ambos chegaram ao poder carregados justamente por uma onda de rejeição à política.
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Gol contra
O Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol, elaborado com base em reportagens da imprensa nacional e internacional, lançado em Porto Alegre, revela que 69 atletas foram hostilizados no país em 2017, alvo de discriminação racial, LGBTIfobia, machismo e xenofobia. O Rio Grande do Sul, pelo terceiro ano seguido, concentra a maioria dos casos, 29. Não houve registros em SC, Paraná e Pernambuco, que figuravam no relatório de 2016.
Receptação
A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou projeto relatado pelo deputado Marco Tebaldi (PSDB-SC) que torna obrigatória a inscrição de mensagem de advertência sobre o crime de receptação nas embalagens de produtos eletroeletrônicos, como celulares e computadores. Também torna obrigatória a veiculação da mensagem de advertência nos comerciais desses produtos.
Más escolhas
Escreveu-se aqui que todos os governadores do Rio de Janeiro de 1998 a 2014 foram presos em algum momento. Incorreto. Há uma exceção quanto à governadora Benedita da Silva (PT), que assumiu em 2002. Mas, como de resto, herdou um Rio de Janeiro quebrado por má gestão de antecessores. E ela fez o mesmo em relação a seu sucessor.
Papel de otário
Perguntar não ofende: se entre seus devedores, alguns contumazes, não estivessem grandes e milionárias empresas, a estatal Casan lançaria um novo programa de parcelamento de dívidas, dilatadas em até 24 meses com isenção de até 100% nos juros? Mais uma vez aquele consumidor que pagou e paga em dia fez faz o papel de otário.
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Luz no túnel
A coluna Mercado Aberto, da “Folha de S. Paulo”, publicou ontem três notícias muito positivas para SC. A mais importante é que a operadora logística Multilog vai investir R$ 60 milhões na construção de um armazém em Itajaí. A segunda envolve a fabricante de tubos e conexões Krona, que tem duas fábricas em Joinville e uma em Alagoas, que vai injetar mais R$ 25 milhões nas três plantas. E para quem gosta de vinho, o grupo Vino!, dono de uma rede de bares e importadora, vai abrir uma loja em Florianópolis. Os três investimentos são para 2019.
Anos-luz
É mesmo de anos-luz a diferença de ensino no Brasil com o Primeiro Mundo. Um exemplo: o governo catarinense tem 1.070 escolas em sua rede e apenas 30 vão oferecer ensino médio em tempo integral em 2019. É o mesmo número deste ano e atenderá cerca de 3 mil alunos.
Memórias
Já está disponível no site do Ministério Público Federal em SC a versão do livro “Memórias do MPF Catarinense”, lançado na penúltima segunda-feira, 19, com a presença da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que participa com um depoimento.