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Governo anuncia novo aumento na gasolina

Acréscimo inicial será de R$ 0,22 na gasolina e R$ 0,15 no diesel

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou na segunda-feira, 19, o aumento de impostos sobre combustíveis que resultarão no aumento de R$ 0,22 no preço da gasolina nas refinarias e de R$ 0,15 no valor do diesel. O objetivo da medida é elevar a arrecadação do governo federal, reequilibrar as contas e atingir o superávit primário em 2015.

Entre os postos da cidade, ainda não se sabe qual percentual será acrescido, porém o impacto nas bombas deve ocorrer. O que se sabe é que o novo reajuste vai onerar ainda mais o consumidor que já vem sofrendo com vários ajustes fiscais anunciados no início do ano.

Levy anunciou que o governo editará um decreto alterando as alíquotas de PIS/Cofins e da Contribuição de Intervenção e Domínio Econômico (Cide), que é cobrada sob os valores dos combustíveis. Os aumentos serão de R$ 0,12 e R$ 0,10, respectivamente. Segundo o governo federal, os reajustes respeitarão o prazo de 90 dias. Após este período, os acréscimos cairão de R$ 0,22 para R$ 0,12 e de R$ 0,15 para R$ 0,10. O efeito estimado sobre a arrecadação é de R$ 14,07 bilhões (ano completo) e R$ 12,18 bilhões em 2015.

Desde o início do ano, o novo ministro da Fazenda tem anunciado uma série de medidas de aumento de tributos e mudança nas regras para obtenção de benefícios sociais. Um pacote de alterações anunciado trata das normas para conseguir o seguro desemprego, pensão e auxílio doença, entre outros. Levy é tido como ortodoxo pelo mercado e já havia declarado quando assumiu o posto que faria ajustes fiscais para reequilibrar as contas do governo – que não conseguiu economizar o suficiente para cumprir a meta de superávit em 2014.

O aumento nos tributos anunciado por Joaquim Levy incidirá nas refinarias, mas não necessariamente vai ser repassado. O ministro da Fazenda disse que não tem gerência sobre a política de preços da Petrobras. A expectativa, no entanto, é de que o reajuste chegue ao consumidor.

Cristina Castro, gerente do Ki Posto, na rua Gustavo Richard, diz que ainda não há definição sobre mudanças nos preços. “Se o aumento for repassado para nós, vamos ter que repassar para o consumidor também. Quando vier mais gasolina é que vou saber se o aumento vem ou não”, diz ela. Amábile Tridapalli, auxiliar administrativa do posto Shell na avenida Otto Renaux, afirma que não há previsão de quando o combustível na bomba ficará mais caro. “Mas, com certeza, é um aumento bem alto que tem que ser repassado”.

O consumidor Marcos Diegoli, proprietário da Diegoli Gás, diz que o encarecimento do combustível impactará no custo do seu serviço, mas é difícil conseguir repassar. “O aumento do diesel impacta mais porque os meus veículos usam diesel. Mas repassar não tem como, porque o consumidor está no limite”, explica.