Governo estadual acredita que empresa deve abandonar obras na escola João Boos, diz prefeito de Guabiruba
Valmir Zirke esteve com o governador em exercício Moacir Sopelsa na segunda-feira
Valmir Zirke esteve com o governador em exercício Moacir Sopelsa na segunda-feira
Nesta semana, as reformas na Escola de Ensino Médio João Boos, que iniciaram no começo de abril, foram paralisadas mais uma vez. Na segunda-feira, 19, o prefeito de Guabiruba, Valmir Zirke, se reuniu com o governador em exercício, Moacir Sopelsa, para discutir a situação. Segundo ele, o governo do estado acredita que a empresa responsável deve abandonar a obra.
“Não sabemos mais o que dizer, nos envergonhamos cada dia mais. Ele [Moacir] está por dentro da situação, pois tem contato com a diretora da escola e terá uma reunião com a empresa dia 13 para ver a situação e o que eles estão querendo. Mas ele entende que a empresa está saindo fora, abandonando a obra”, conta.
De acordo com Zirke, a possibilidade mais provável é que ocorra uma nova licitação, pois a gestão acredita que a segunda colocada no processo atual deve recusar o serviço. “Foi quase R$ 1 milhão a diferença de preço”, continua.
Para ele, a explicação para que a empresa abandone o projeto é o valor pago, de R$ 4 milhões. O prefeito aponta a alta nos preços nos últimos tempos dos materiais de construção e da gasolina, por exemplo.
“Na licitação, as empresas abaixam o preço, depois não querem fazer pelo valor que lançaram. Isso é o que acontece no dia a dia, os caras não querem perder a obra e jogam o preço lá embaixo. Agora, eles estão vendo a situação, os valores do mercado sobem a cada dia”, explica.
Uma outra possibilidade, conforme Zirke, é a empresa pedir por um aditivo para dar continuidade. “Por experiência própria, vimos muitos alinhamentos de preço durante as obras municipais”, diz.
A última paralisação na reforma aconteceu em agosto deste ano. Desta vez, segundo Márcio Ogbowski, diretor de obras da E.S.E Construções, empresa responsável pelo projeto da escola, houve uma inconsistência na parte estrutural do projeto, o que foi determinante para a paralisação. Entretanto, ele nega que a obra tenha sido abandonada.
“A verdade é que fizemos a parte da fundação, mas o projeto está com uma inconsistência (problema na parte estrutural). Agora o órgão contratante (secretaria da Educação) está fazendo as correções no projeto para que possamos dar continuidade”, disse ao jornal O Município nesta terça, 20.
“Creio que no mês de outubro tudo estará certo e já vamos colocar funcionários para agilizar o processo”, concluiu o engenheiro.
Zirke detalha que a empresa começou a obra na escola pela parte velha. “Eles viram que a estrutura que lá existe não iria comportar aquilo que iriam fazer nos segundo piso. Iniciaram na parte nova, que era para ser tudo certinho, então arrumaram algo e pararam”, relata.
“Não é uma parte de reforma, mas sim de uma obra nova. Então, o que leva a empresa a paralisar as obras novamente? A fala do governo estadual, acredito que alguém da empresa levou para eles, é que não há interesse em continuar”, afirma.
Segundo o prefeito, caso a obra seja abandonada e atrase ainda mais, o problema deve refletir no município em 2023. “Na parte velha, tiraram o telhado e agora está assim, e a situação não sei como vai ficar. Cedemos três salas de aula, mas com a proposta de que ano que vem poderíamos utilizá-las”, adianta.
Para ele, é preciso aguardar os resultados das eleições e ver se o candidato eleito ao governo do estado se compromete com a obra. “Precisamos ver quem vai ganhar, quem terá que descascar mais esse pepino”, diz.
“O governador em exercício deixou bem claro, do tipo do João Boos tem mais umas 100 na mesma situação. Eu digo que demorou demais para começar alguma coisa, porque não é só deste governo, mas de outros que passaram e agora, mais uma vez, parece que não vai sair do papel de novo. Está tudo muito incerto. Mais uma novela que não tem fim”, finaliza.
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