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Governo federal atrasa constantemente repasses de vacinas a Brusque

Lotes da tetravalente, varicela e poliomielite estão frequentemente em falta no estoque

Governo federal atrasa constantemente repasses de vacinas a Brusque

Lotes da tetravalente, varicela e poliomielite estão frequentemente em falta no estoque

A expansão e popularização das vacinas no Brasil foi capaz de erradicar doenças que são endêmicas em alguns países. O país chegou a considerar doenças como sarampo, difteria, poliomielite e rubéola como extinguidas. De acordo com o Ministério da Saúde, porém, a queda da cobertura vacinal desde 2016, principalmente em adultos, fez com que elas voltassem a ser um problema de saúde pública recentemente – há casos de surto de sarampo em vários estados brasileiros.

Em Brusque, a cobertura fica abaixo da meta em alguns casos, como da Hepatite B, febre amarela, tríplice bacteriana (DTP), que previne difteria, coqueluche e tétano e pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b).

Por outro lado, vacinas que previnem poliomielite, tuberculose (BCG), meningite (Meningococo), sarampo, caxumba e rubéola (Tríplice Viral), estão acima da meta estabelecida pelos órgãos de saúde. A campanha de vacinação ao sarampo ainda não está encerrada e não tem números finais. 

De acordo com o secretário da saúde, Humberto Fornari, os percentuais de cobertura vacinal de Brusque estão dentro da média do Brasil, acima de 90% no geral.

No entanto, Fornari destaca que há espaço para melhora, mas que a falta de repasse das vacinas pelo governo federal vem sendo deficitária de forma periódica desde o começo do ano, com a troca do comando presidencial.

Fornari ressalta que este é um dos grandes motivos para que o município não consiga alcançar as metas estipuladas pela Secretaria de Sáude e pelo Ministério de Saúde.

“O governo federal vem apontando a necessidade que a população seja vacinada, mas constantemente algumas vacinas, como a tetravalente (DTP), não se fazem presente. Como nosso único fornecedor é o próprio governo federal, por meio do Ministério da Saúde, ficamos de mãos amarradas, porque a população vai em busca da vacina, mas não tem a vacina pertinente àquele momento”, explica.

Além da tetravalente, Fornari contou que outras vacinas da carteira de saúde regulamentada, varicela, pentavalente e VOP (poliomielite) estão em falta no estoque de forma frequente. Vacinas de campanha, como febre amarela e sarampo, estão com o fornecimento em dia.

A distribuição das vacinas parte do Ministério da Saúde para o governo estadual, antes de chegar às secretarias regionais. A Secretaria de Desenovlvimento Regional de Brusque foi desativada desde o governo estadual interino no fim do ano passado, quando o então governador Raimundo Colombo se ausentou para concorrer ao senado, e foi substituído pelo vice Eduardo Pinho Moreira. Assim, as vacinas precisam ser buscadas em Blumenau.

Fornari ressalta que é necessário criar uma consciência maior da importância da vacinação para o bem-estar geral da sociedade e, que, assim, é possível melhorar os índices de cobertura.

“É necessário uma conscientização e, principalmente, divulgação. O governo federal, mais uma vez, além de estar faltando com os lotes de vacina, vem faltando com incentivo a divulgação de campanhas. Campanhas precisam ser melhor divulgadas”, salienta.

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