Governo federal reconhece situação de emergência de Brusque após temporal de janeiro
Entretanto, Defesa Civil ainda avalia se fará requerimento de recursos federais
A situação de emergência decretada pela Prefeitura de Brusque após o temporal de 23 de janeiro foi reconhecida pelo Ministério da Integração Nacional nesta quarta-feira, 14, após publicação de portaria da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil no Diário Oficial da União.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Brusque, Edevílson Cugik, a hipótese de se pedir recursos federais deveria ser estudada, ainda que seja improvável. “Precisamos analisar e verificar exatamente o que foi causado pelo evento de 23 de janeiro”, explica.
Como houve uma forte chuva que também causou alagamentos no dia 16 de janeiro, é necessário diferenciar os prejuízos entre um e outro evento. Assim, será feita uma eventual solicitação de recursos para cobrir apenas os estragos do dia 23, que foram os piores.
“Estamos fazendo um levantamento, mas a princípio não serão pedidos recursos federais. Uma resposta definitiva sobre isso seria feita só semana que vem. Temos 90 dias para elaborar um plano, se for o caso”.
O vice-prefeito de Brusque, Ari Vequi, afirma que o reconhecimento por parte do Ministério da Integração Nacional dá um respaldo importante, mas que não serão pedidos recursos federais. Entre as prioridades, está o pavilhão da Fenarreco, que já possui apoio pelo Governo do Estado.
Outra obra afetada pelos acontecimentos de 23 de janeiro foi a de drenagem na Bacia São Leopoldo, no bairro São Luiz, financiada via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Recursos federais vindos através do estado de emergência poderiam ser utilizados para este fim, mas eles expirariam depois de seis meses, antes do fim da obra, previsto para 2019. “Além de tudo, já temos materiais que podem ser utilizados ali, além de equipamentos da prefeitura alugados”, explica.
Recursos estaduais
O município recebeu R$ 500 mil destinados ao turismo por parte do governo estadual. No entanto, de acordo com Vequi, falta a aprovação técnica do projeto para que a verba seja utilizada no pavilhão da Fenarreco, que terá 6 mil m² de telhas substituídas.
Os estragos de 23 de janeiro
A partir de 18h20 de terça-feira, 23 de janeiro, uma forte chuva atingiu Brusque e Guabiruba, acompanhada de vento forte e raios.
Em cerca de meia hora já era possível contabilizar quedas de árvores, de placas e de barreiras, além de alagamentos e destelhamentos. Apesar dos estragos, ninguém se feriu. Três creches da Prefeitura de Brusque foram afetadas pelo vento e duas famílias ficaram desalojadas.
O abastecimento de energia elétrica também foi prejudicado. Segundo a Celesc, mais de 18,5 mil casas e empresas ficaram sem energia elétrica em Brusque, principalmente no Águas Claras, Azambuja, Jardim Maluche, São Pedro e Primeiro de Maio.
Em Guabiruba, muitas residências foram destelhadas, de acordo com a Defesa Civil. Além disso, ao menos três árvores caíram nas ruas. Mais de 4,4 mil unidades ficaram sem energia elétrica, principalmente no Centro, São Pedro, Aymoré e Pomerânia.