Grávida de Brusque infectada com zika vírus está na 37ª semana de gestação

Vigilância Epidemiológica confirmou o primeiro caso do vírus em Santa Catarina na quarta-feira, 27

Grávida de Brusque infectada com zika vírus está na 37ª semana de gestação

Vigilância Epidemiológica confirmou o primeiro caso do vírus em Santa Catarina na quarta-feira, 27

A moradora de Brusque diagnosticada com o primeiro caso de zika vírus em Santa Catarina tem 31 anos e está na 37ª semana de gestação. A Vigilância Epidemiológica do município confirmou a suspeita no fim da tarde da última quarta-feira, 27. A paciente, que está na segunda gravidez, adquiriu o vírus fora do domicílio, por isso é considerado importado, e provavelmente, tenha sido contraído em Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, em viagem realizada em dezembro do ano passado.

A Vigilância diz que não revelará o bairro em que a gestante reside, para não criar pânico na comunidade. Porém, afirma que no local não há focos do mosquito Aedes Aegypti, que transmite o vírus. O órgão atesta que a paciente recebeu o resultado do exame na manhã de ontem e está bem. Ela fará o tratamento na Policlínica.

A coordenadora da Vigilância, Fernanda Lippert, conta que a gestante realizou os exames no começo do mês, após apresentar sintomas como febre, dor de cabeça e nas articulações, cansaço, náuseas e manchas avermelhadas na pele. “Ela procurou imediatamente a Unidade Básica de Saúde, onde já faz o pré-natal e o médico suspeitou”. Na sequência, a mulher realizou os testes para dengue, zika e chikungunya. Para dengue deu negativo e chikungunya o resultado ainda não chegou.

Fernanda afirma que existe preocupação quanto ao bebê e a gestante, porém, o ginecologista da rede pública, o médico Eduardo Samuel Haubert, acompanhará o caso e solicitará os exames pertinentes.

Atenção redobrada
Além deste caso de zika confirmado, em Brusque há outras quatro pessoas suspeitas de possuir o vírus. A Vigilância continua realizando o trabalho de prevenção nos bairros da cidade, com atenção especial para Santa Terezinha, Santa Rita e Nova Brasília, em que há concentração de 70% dos focos do mosquito.

Fernanda pede que a população fique atenta aos lugares que podem acumular água e não joguem lixo. “É preciso que a atenção seja redobrada. Os agentes continuarão fazendo as atividades de prevenção, que são realizadas durante o ano todo”.

Zika
O vírus zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre do ano passado, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito. Porém, no dia 28 de novembro, o ministério confirmou que, quando gestantes são infectadas por esse vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode ser associada a danos mentais, visuais e auditivos.

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