Greve do Hospital e Maternidade de Brusque já dura 22 dias

Segundo sindicato, não houve evolução na negociação e, portanto, não há previsão para a paralisação terminar

Greve do Hospital e Maternidade de Brusque já dura 22 dias

Segundo sindicato, não houve evolução na negociação e, portanto, não há previsão para a paralisação terminar

A greve dos funcionários do Hospital e Maternidade de Brusque (HEM) completa 22 dias hoje, sem previsão para que os trabalhadores voltem a bater o ponto normalmente. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Blumenau e Região (Sesblu), adesão continua a mesma, ou seja, em torno de 95%.

Os grevistas reivindicam o pagamento de salários atrasados desde dezembro e de benefícios como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), também atrasados. Segundo o presidente do Sesblu, Ingo Ehlert, a negociação salarial está na estaca zero.

O sindicalista diz que ninguém do Hospital Aliança, entidade que é a responsável pelo HEM atualmente, conversou com o Sesblu, tampouco com os trabalhadores. Os contatos feitos pelo sindicato também não foram respondidos.

Sem respostas, a greve continua sem perspectiva de volta à normalidade, no momento. Quem passa defronte à Maternidade – como o prédio ainda é conhecido – percebe, diariamente, os funcionários sentados em frente à entrada principal do prédio.

Os grevistas estão com um livro-ponto. Eles assinam este livro diariamente, para comprovar a sua frequência. Esta medida visa à garantia de legitimidade da greve perante à Justiça.
O HEM não está funcionando no momento, segundo o sindicato. Os grevistas informam que apenas a entrega de exames laboratoriais está sendo feita.

O jornal O Município entrou em contato com o Hospital Aliança, mas não não recebeu retorno.

Situação preocupante
Ehlert diz que há trabalhadores grevistas que não têm ido ao HEM para o movimento porque não podem pagar a passagem de ônibus, agora que o vale transporte já acabou. “Mas eles se solidarizam com o movimento”, pondera.

Dentre os grevistas, o clima é de desalento, depois de mais de 20 dias de paralisação e nenhuma resposta. Ronieri Ferreira, membro da comissão dos trabalhadores em greve, diz que situação financeira só tem piorado.

“A situação financeira complica a cada dia, mas ela já está ruim há quatro meses. Se for olhar, quando recebemos pela última vez, nem era Natal ainda. Estamos quase na Páscoa e ninguém recebeu nada. O pessoal que está aqui não tem como se virar, nem previsão de recebimento”, afirma Ferreira. “Decretamos por falta de pagamento, continuamos sem proposta e sem pagamento”, completa.

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