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Greve dos bancários completa 16 dias em Brusque e região

Sem negociação com a Federação Nacional de Bancos, não há previsão para o fim da paralisação

A greve dos bancários em Brusque e região completou 16 dias ontem. Cerca de 60% das agências aderiram à paralisação. A greve é por tempo indeterminado e não há previsão de nova negociação com a Federação Nacional de Bancos (Fenaban).

Os bancários reivindicam reposição da inflação de 9,57% e mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – R$3.940,24, participação nos lucros, combate à meta considerada abusiva, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança e melhores condições de trabalho.

Das 25 agências que integram a região de Brusque, 14 estão fechadas e três estão com o serviço parcialmente interrompido. Em 2015 a greve aconteceu em outubro e durou 21 dias (6 a 27). O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Bancários de Brusque e Região (Seeb), Mário Dada, explica que não há como mensurar o número de profissionais parados, apenas de agências que aderiram à paralisação – 60%.

“Temos agências que só as caixas estão fora, mas se não têm caixas, não pode abrir. Em outras agências os gerentes estão fora e tem aquelas ainda que toda a retaguarda parou, só os caixas estão trabalhando”. Segundo ele, até este momento, a adesão na região é equivalente a do ano passado.

Na sexta feira, 15, os bancários recusaram mais uma proposta da Fenaban e decidiram continuar a greve nacional, iniciada no dia 6. Atualmente são mais de 12 mil agências e 52 centros administrativos fechados no país. A Fenaban ofereceu aos bancários reajuste salarial de 7% e abono de R$ 3,3 mil.

Alternativas

Dada afirma que mesmo com a greve, a população pode pagar seus boletos, já que os bancos possuem correspondentes bancários. A comunidade pode utilizar lotéricas, farmácias, o autoatendimento, a internet. O presidente do Seeb ainda explica que agências fechadas só oferecem o autoatendimento. Eventualmente, “com sorte”, o cliente pode encontrar um gerente que pode atendê-lo.

O advogado Fábio Roberto de Souza, especialista em Direito do Consumidor, diz que é direito dos bancários buscarem melhorias para sua classe, mas afirma que os principais prejudicados são os consumidores. Por isso, ele aconselha que o cidadão verifique se o fornecedor do boleto ou carnê pode viabilizar outra forma de pagamento. Souza explica que se não oferecerem, a empresa não poderá cobrar qualquer tipo de encargo por eventual atraso. Ele também diz que o consumidor pode pagar suas contas por meio da internet e caixa eletrônico. “O importante é que o consumidor busque alternativas de pagamento”.


Agências fechadas e parcialmente fechadas

Caixa Econômica Federal
Brusque: Centro – fechada / Santa Rita – parcialmente
São João Batista: fechada
Guabiruba: fechada

Banco do Brasil
Brusque: Centro – parcialmente fechada
Guabiruba: fechada
Botuverá: fechada
Nova Trento: fechada
São João Batista: parcialmente fechada

Santander
Brusque: fechada

Itaú
Brusque: agências do Centro – fechadas