Greve dos peritos do INSS está prestes a completar três meses
Em Brusque, dos nove peritos, sete participam do movimento grevista
Em Brusque, dos nove peritos, sete participam do movimento grevista
Na sexta-feira, 4, os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completam três meses de greve. Eles reivindicam a redução da carga horária de 40 horas para 30 horas, incorporação de benefícios ao salários, redução de níveis de progressão, recomposição do quadro de peritos e aumento salarial de 27% em dois anos.
Na agência do INSS de Brusque, dos nove médicos peritos, apenas dois continuam trabalhando. Com isso, o agendamento das perícias médicas para a obtenção de benefícios como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e outros serviços, está prejudicado. Hoje, as perícias na agência do município são agendadas somente para janeiro.
De acordo com a assessoria de imprensa do INSS, o tempo médio de espera para o agendamento da perícia, na média nacional, passou de 20 dias, antes do início da greve, para 61 dias. O órgão estima ainda que aproximadamente um milhão de perícias não tenham sido realizadas desde o início da paralisação, em 4 de setembro.
O INSS conta hoje com 4.378 servidores peritos médicos, cujo salário inicial para uma jornada de 40 horas é de R$ 11.383,54, chegando a R$ 16.222,88 no final da carreira.
Atendimento
A assessoria de imprensa do órgão afirma ainda que para quem não foi atendido em decorrência da paralisação, os efeitos financeiros decorrentes dos benefícios concedidos retroagem à primeira data agendada.
O INSS informa também que adotou medidas administrativas para garantir a continuidade do pagamento para aqueles beneficiários que tentaram e não conseguiram agendar perícia médica para prorrogação do benefício.
Para atender àqueles que não estão recebendo benefícios, o INSS está direcionando prioritariamente o atendimento dos peritos que permanecem em atendimento, assim como para aqueles que estão aguardando perícia para retornarem ao trabalho. Para os casos de doenças graves, de segurados impossibilitados de se deslocarem até uma unidade de atendimento, o INSS realiza perícias hospitalares ou domiciliares, que devem ser agendadas por meio da Central 135.
“O INSS reconhece todas as dificuldades impostas à população pela não regularização do atendimento da perícia médica e espera que as negociações entre o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e os servidores da carreira de Perito Médico Previdenciário sejam concluídas com brevidade para a pronta retomada dos serviços”, diz o órgão, em nota.