Grupo criminoso com atuação no Norte de Santa Catarina é alvo de operação da PF

Estimativa é de que cerca de 25 mil pessoas tenham sido lesadas

Grupo criminoso com atuação no Norte de Santa Catarina é alvo de operação da PF

Estimativa é de que cerca de 25 mil pessoas tenham sido lesadas

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, 5, a Operação Lanterna Verde para desarticular organização criminosa, com base em Balneário Camboriú, que – por meio de falsa empresa – simulava atuar na atividade de extração de esmeraldas.

A organização captava investimentos em vários países, através de depósitos em Bitcoin, com promessa de altos lucros – nunca creditados aos investidores. O prejuízo estimado é de 100 milhões de dólares.

Na ação, equipes da PF deram cumprimento a três mandados de prisão preventiva e a 11 mandados de busca e apreensão nos municípios catarinenses de Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema, Ilhota e nas cidades de Farroupilha, além da cidade de Paraíso, no Tocantins.

As medidas judiciais foram expedidas pela 1a Vara Federal de Itajaí/SC e incluem também o bloqueio e o sequestro de bens dos investigados.

Investigação

A investigação revelou que eram utilizados vídeos mostrando falsas funcionalidades da empresa, que incluía bancos digitais próprios. Para promover uma maior credibilidade ao falso investimento, a organização criminosa convidava pessoas em destaque na mídia para viajarem ao Brasil, onde participavam de eventos, recebiam valiosos prêmios e lhes eram apresentadas supostas áreas de mineração e lapidação de pedras preciosas.

Até o momento, foram identificadas cerca de 2.500 vítimas diretas, de pelo menos 18 países, principalmente das Américas do Sul e Central, incluindo o Brasil. No total, a estimativa é que cerca de 25 mil pessoas tenham sido lesadas pelo esquema fraudulento.

Além das três pessoas presas, outras cinco foram indiciadas por associação criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato e crimes contra o sistema financeiro nacional e a economia popular. As penas culminadas por tais crimes podem chegar à condenação máxima de 30 anos de reclusão.


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