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Grupo Pernas Solidárias garante participação em corridas às pessoas com mobilidade reduzida

Na etapa O Município de Ponte a Ponte, seis cadeirantes cruzaram a linha de chegada com auxílio do grupo

Por volta das 6h deste domingo, o grupo Pernas Solidárias já chegava ao pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof para se preparar para a corrida. No local, seis pessoas com deficiência eram preparadas para participar da prova, por meio do projeto, composto por voluntários que propiciam a pessoas com mobilidade reduzida a participação em atividades físicas.

Criado a partir do grupo de Joinville, o de Brusque realiza atividades desde 2017, e participa, em média, de 15 corridas por ano. Os voluntários preparam os cadeirantes para a corrida, e os empurram durante todo o trajeto. A preparação começa cedo.

“A gente tem que colocar eles na cadeira, cada um tem um sistema diferenciado, uns têm que prender o pé, têm encostos diferentes para o pescoço. A gente faz essa verificação dos triciclos, se está tudo ok a montagem”, explica Teodoro Pereira, coordenador do grupo.

Foto: Fábio Venhorst

Entusiasmo na chegada
O Pernas Solidárias é considerado uma bênção na vida dos participantes. O pequeno Gustavo Barg Rubik, de 4 anos, é um dos mais entusiasmados.

A mãe, Jerusa Barg Rubik, explica que entrou no projeto por meio da professora de Gustavo, Fabiana, que é esposa de Teodoro. A participação, que iniciou como uma brincadeira, se tornou constante.

A princípio, Gustavo ficou um pouco assustado, mas quando ele viu a linha de chegada pela primeira vez, com o narrador falando seu nome, se entusiasmou, e a família desmoronou no choro, tamanha a emoção.

Agora, o menino não vê a hora de participar das corridas. Quando há um intervalo muito grande entre uma e outra, já começa a perguntar à mãe quando será a próxima.

Gustavo Barg Rubik, de 4 anos, um dos mais entusiasmados participantes do grupo | Foto: Fábio Venhorst/Especial

Obra do destino
Luciana Bertolini é mãe da aluna da Apae de Brusque, Gabrieli Bertolini, que participa do projeto deste o início, em 2017. Ela explica que uma coincidência colocou a filha no caminho do grupo. “Acho que foi o destino que colocou a Gabi no projeto”, afirma.

Naquele ano, Gabi teve aula na Apae com uma professora chamada Cristiane. Essa professora, naqueles dias, resolveu fazer sua carteira de habilitação. Coincidentemente, seu professor da autoescola era Teodoro, coordenador do Pernas Solidárias.

Eles conversaram e articular a participação de Gabi no grupo. “Hoje só de falar o nome do Teodoro para Gabi ela vibra, já dá o grito de guerra das corridas, é automático”, conta Luciana.

Ela explica que a filha ama as corridas, e que desde que começou a participar é outra criança, e que as pessoas do grupo hoje fazem parte da vida da menina.

“Não sei como agradecer a eles, pela alegria que eles proporcionam para a Gabrieli”, comemora Luciana.

Foto: Fábio Venhorst/Especial